Religião como ilusão em Freud - Blog A CRÍTICA

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quarta-feira, 24 de julho de 2013

Religião como ilusão em Freud

"...as idéias religiosas surgiram da mesma necessidade de que se originaram todas as outras realizações da civilização, ou seja, da necessidade de defesa contra a força esmagadoramente superior da natureza. A isso acrescentou-se um segundo motivo: o impulso a retificar as deficiências da civilização, que se faziam sentir penosamente" (Sigmund Freud - O Futuro de Uma ilusão).

Para Freud a Religião seria o consolo dado pela civilização ao homem diante da sua fraqueza comparada com a grandiosidade das forças naturais internas ao seu corpo e que o autodestrói e forças externas capazes de esmagá-los. Seria também a proteção "contra os danos que o ameaçam por parte da própria sociedade humana"(Freud), como o famoso mandamento judaico "Não cobiçais a mulher do próximo".

Rousseau formulara em  "Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens" um Estado de Natureza onde a morte não existiria para os homens, não existiria no sentido de não ser prevista, já que estando sem "razão", sem capacidade de visualizar o futuro: "Sua alma, que coisa alguma agita, entrega-se ao sentimento único de sua existência atual sem nenhuma ideia do futuro, por mais próximo que possa estar; e seus projetos, limitados como suas vistas, estendem-se apenas até o fim do dia". Na civilização a religião traria o consolo ao homem que descobriu que morreria um dia, e o medo da morte da autodestruição ou da destruição por força externa teria criado a ilusão de vida após a morte, uma das maiores preocupações da religiões.
 
Nesse momento em que se encontra no Brasil o líder da igreja Católica vemos as pessoas buscarem "graças" devido a males que tornam a vida difícil, isso já fora muito mais forte, como por exemplo, os seguidores de Antônio Conselheiro aqui no Brasil.

A Igreja Católica é uma instituição hierarquizada e que se autodefende, se autoengana, queimou nas fogueiras da inquisição muitos do que ousaram discordar de seus princípio, e como muitas outras ideias fechadas pode ser intolerante, como o islamismo fundamentalista e o atentado contra a jovem Malala e o atentado a uma escola na Nigéria, como a perseguição Nazista aos judeus, como a separação feita por Israel com os Palestinos, como as perseguições feitas por Stalin na União Soviética, como a intolerância contra homossexuais por seitas evangélicas no Brasil. A educação do futuro deve ensinar, como preceitua Morin, o entendimento entre a unidade e a diversidade para rejeitar a intolerância. "liberdade é sempre a liberdade dos que pensam diferente", já dizia Rosa Luxemburg.

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