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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Classe como Movimento

Para Rosa Luxemburg o Socialismo devia ser entendido como movimento, uma construção dialética, podemos dizer, seja pelo caráter de classe proletária como também pela identificação com a causa, causa da emancipação humana; o intuito de Rosa era de desvincular a luta socialista da imagem restrita de proletariado, observando as mudanças na sociedade ocidental depois da morte de Marx fica claro que as estruturas, novas categorias se diversificaram. Rosa considerava o partido como proporcionador do aprendizado teórico-político, como já o era com Marx e Engels, mas não absolutamente identificado. 

No Movimento estudantil do século XX e ainda hoje os jovens com acesso à educação, ainda mais em países de educação pública deficitária, tomavam parte na militância política. Hobsbawn traz em "A Era dos Extremos" a mudança em ser jovem no século XX, principalmente na segunda metade deste século, os filhos não era mais uma ajuda no trabalho e sim uma expectativa de mudança de vida, por isso a chegada aos 20 anos se ocupando apenas dos estudos. Na segunda metade do século XX os jovens demonstram sua força política, sendo 1968 um ano marcante.

Nos recentes movimentos, a presença massiva de jovens de Classe Média não relaciona-se na maior parte, inclusive sendo os partidos de esquerda hostilizados, a uma concepção de movimento teórico de construção de sociedade, é uma espécie de Revolta por uma situação dentro de dado modelo de sociedade que quer um pouco mais, uma indignação.

"O Povo acordou, o povo decidiu: Ou para a roubalheira ou paramos o Brasil" foi um dos gritos mais ditos nos protestos, envolve dizeres como sair de uma situação de comodismo político, parar um país, não sei se economicamente já que somente os trabalhadores tem essa condição, mas isso pode ser usado pela Direita que pode encontrar na ordem uma forma de chegada ao governo, já que não há a fixabilidade de um partido, "ah, mas não temos partido porque o povo unido não precisa de partido", as redes sociais podem fazer algum papel de organização mas no caso brasileiro há muito o que se entender para modificar uma condição social que enfrenta-se com "respeito" ao autoritarismo policial, por exemplo, à força excessiva, aos mandonismos, enfim precisamos de movimento mais profundo.

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