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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Guerra das Malvinas ressoa em Gibraltar

Londres ameaça dar “um passo sem precedentes” contra Espanha por causa dos controlos fronteiriços em Gibraltar e a imprensa britânica publica tiradas e declarações próprias do tempo da guerra das Malvinas.
O tricentenário da colónia britânica pode ficar marcado pela escalada do conflito entre Londres e Madrid. Foto sloane_jim/Flickr
Segundo David Cameron, primeiro ministro inglês, o “passo sem precedentes” será dado com o “devido cuidado”, mas o chefe do governo espanhol “já foi avisado”.
O episódio das Malvinas é também evocado do lado de Espanha, segundo informações do jornal El País. Além de se propor levar o assunto de Gibraltar ao Tribunal de Haia e à ONU, o ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros propõe-se fazer uma frente com a Argentina para levantar simultaneamente as questões coloniais das Malvinas e de Gibraltar. O chefe da diplomacia espanhola pretende deslocar-se a Buenos Aires no princípio de Setembro para debater o assunto com as autoridades argentinas.
“Tirem as mãos de Gibraltar”, proclamou o mayor de Londres, Boris Johnson, citado pelo Daily Telegraph. Num artigo de opinião, o chefe do município londrino escreve que “espero que de uma forma ou de outra consigamos em breve tirar as mãos de Espanha da garganta da nossa colónia, porque o que se está a passar é infame”. Johnson afirma que o comportamento de Madrid em relação a Gibraltar relança a “perseguição geral da época de Franco” e está a ser utilizado para desviar a opinião pública espanhola dos problemas económicos do país. Tal procedimento, escreve o mayor, é idêntico ao da ditadura militar argentina no tempo da guerra das Malvinas (Falkland para o colonialismo britânico).
As autoridades do Reino Unido consideram que o controlo que Espanha está a fazer nas entradas e saídas do Rochedo “é totalmente desproporcionado”, segundo o primeiro ministro David Cameron, que “estuda as medidas possíveis” para intervir no conflito.
A fase em curso do conflito em torno de Gibraltar, rochedo em território espanhol ocupado pela Inglaterra desde o Tratado de Utreque, completam-se este ano 300 anos, foi aberta por Londres ao lançar ao mar blocos de betão para criar um recife artificial alegadamente propício à regeneração de pesca. O lado espanhol fez eco com a revolta dos pescadores andaluzes, que consideram a obra como mais um obstáculo para os afastar da faina em águas disputadas pelas duas partes.
Espanha respondeu intensificando os controlos de entrada e saída em Gibraltar, atitude que criou longas filas e faz aumentar o clima de tensão na zona.

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