A educação e os vícios sociais - Blog A CRÍTICA

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domingo, 15 de setembro de 2013

A educação e os vícios sociais

Indivíduos incapazes de fechar a porta do guarda-roupa, de colocar o copo no lugar, enfim, indivíduos que são sinal de "Homem" para muitas mulheres, grossos, "bagunceiros" no que diz respeito à arrumação da casa. E o mais impressionante é que a maioria dos homens são educados por mulheres, ou não; Aristóteles dizia que a criança somente deveria sair de casa aos sete anos, supunha ele que a sociedade poderia atuar pondo vícios no indivíduo.

Afora a ideia de Rousseau do Bom Selvagem, passamos pela descoberta do inconsciente e com a tese segundo a qual não há uma apartação completa entre o animal e o humano, não no sentido comparativo, mas de homem em estado natural e Homem em Civilização. O Homem civilizado não deixa de ser nem de possuir os instintos considerados primitivos ou selvagens, a fina camada do consciente é adequada aos preceitos sociais, basicamente fundamentados na religião. na moral etc.

Como não voltaremos, pelo menos até onde podemos imaginar, a vivermos como animais, perder todo o processo civilizacional, entra a questão de melhorarmos as sociedades e consequentemente os indivíduos, ou vice-versa, quando consideramos um atuando no outro. A

A educação como processo de racionalização do indivíduo precisa estar apta para não mais esconder o inconsciente e seus instintos e nem pregar condutas corretas, o conhecimento precisa dar o conhecimento de se conhecer o indivíduo em todas as suas faces.

Um desses indivíduos que são criados recebendo tudo que pede aos pais e que se tornam "viciados" podem ser exemplos de como o comportamento humano pode ser maleável. A educação apenas como processo técnico pouco modifica, a educação profunda e autocrítica precisa ser adaptada ao ensino das sociedades. Como dizia Paulo Freire a educação muda pessoas e pessoas mudam o mundo. Enfrentemos o problema da ética universal, da compreensão, da tolerância, da autoanálise, enfim, uma forma de sairmos através da civilização de uma pré-história. Sabendo que não romperemos o original do ser, suas pulsões, seu modo de autoafirmação como indivíduo, mas também sabemos que a melhor maneira de lidarmos com esses instintos é lhes entendendo, não os escondendo, reprimindo-os, demonizando-os, por outro lado sabemos que é possível mudar o conjunto social a partir do ser biológico, ou o mesmo.

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