A desigualdade está posta, as cidades confrontam espaços limpos e bem cuidados e espaços abandonados, espaços que precisam ser escondidos e mantidos ao longe, surgem bairros isolados pelo padrão de riqueza, problemas com direitos sendo suprimidos em virtude de o medo ser pregado, vivemos uma época de crise profunda. O que podemos tirar dela?
No momento em que o Capitalismo se tornara um monstro na maior força possível no século XIX sujeitos desviantes saíram da margem e marcaram a criação de pelo menos uma nova época de defesa da dignidade dos trabalhadores. O que podemos iniciar nesse momento? O século XX foi um período de extremos, como diria Hobsbawn, catástrofes, reconhecimento de direitos, enfim, as diferenças se puseram à mostra como nunca. Este século deve ser o da busca da compreensão, mas teremos que modificar, mudar e evitar novos desastres.
Edgar Morin, considerado um dos maiores pensadores vivos, defende que apenas com uma mudança de paradigma no ensino, passando da hiperespecialização para a integração do conhecimento as pessoas serão "capazes de compreender e enfrentar os problemas fundamentais da humanidade, cada vez mais complexos e globais".
A crise nos põe diante da construção de uma era planetária, não nos efeitos negativos, do perigo de uma crise econômica se espalhar pelo globo imediatamente, por exemplo, mas de uma identificação.
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