Rosalba e crise na oligarquia - Blog A CRÍTICA

"Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados." (Millôr Fernandes)

Últimas

Post Top Ad

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Rosalba e crise na oligarquia

Em 2010 disputaram o governo do Rio Grande do Norte a senadora Rosalba com apoio principal de Zé Agripino Maia, ex-governador e um dos grandes oligarcas do estado, Rosalba que é da oligarquia que domina Mossoró há décadas, do outro lado o candidato do governo, Iberê Ferreira de Sousa, não tão distante do outro lado, vice governador empossado com a renúncia de Vilma para concorrer ao Senado e apoiado pela Governadora que é uma antiga aliada de Zé Agripino; na década de 1980 um esquema de compras de votos orquestrado pelo então governador Zé Agripino para a Candidata à prefeitura de Natal, Vilma, ficou conhecido como "Rabo de palha. Iberâ apareceu nas conversas.

José Agripino -Os pobres estão indecisos. É em cima desse povo que você tem que atuar. Com uma feirazinha, com um enxoval, com umas coisinhas.


Iberê Ferreira de Souza (secretário) - O povo mais pobre que não se compromete, troca o voto por qualquer coisa. Botar o milho no bolso, porque sem milho não funciona.


(parte da conversa. Laudo do Instituto Nacional de Criminalística, da Polícia Federal, diz que a voz é do governador.)

Era um bando só atuando por duas frentes, venceu Rosalba no primeiro turno. Campanha eleitoral típica das idiotices aqui do Rio Grande do Norte, criou-se a figura da Rosa, mas não demorou muito e a Rosa murchou, o que aconteceu desta vez, já que o comum é a reeleição e depois a ida para o Senado?

No primeiro ano de mandato, 2011, pipocaram as greves em diversas categorias, este ano da mesma forma. O PMDB que correu para os braços do governo em 2011 abandonou o barco e juntou-se às críticas do governo.

Ontem chegou à Assembleia Legislativa do estado o pedido de  impeachment de Rosalba, protocolado na semana passada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sindsaúde) e assinado por partidários de  esquerda, como Amanda Gurgel e Sandro Pimentel, vereadores de Natal. A a partir daí inicia-se o processo disciplinado pela Constituição estadual.

1 – Leitura em plenário do pedido protocolado na Assembleia Legislativa e remessa à CCJ

2 – CCJ analisa a admissibilidade formal, verificando se há legitimidade dos proponentes e se atendem aos requisitos legais, se os fatos citados constituem objeto de investigação no âmbito do Legislativo e se as partes citadas são passíveis de serem responsabilizadas.

3 – Processo segue para o plenário para deliberação final sobre a admissibilidade ou não do pedido.

4 – Não sendo acatado, o processo de impeachment é arquivado. Caso seja admitida a denúncia pelo plenário, a Mesa Diretora emite ato para que seja criada uma comissão especial formada por cinco deputados estaduais eleitos. Paralelamente, cópia do processo é remetida ao Tribunal de Justiça do Estado. O TJRN sorteia cinco desembargadores.

5 – É instalado o Tribunal Especial, presidido pelo presidente do TJRN, e formado pelos cinco deputados e cinco desembagadores. Este tribunal vai analisar o mérito da denúncia.

6 – O processo de impedimento independe do afastamento do gestor. Esse afastamento, caso seja necessário, se dará por votação do Tribunal Especial e aprovação de dois terços de seus membros. 

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte é um centro de interesses oligárquicos, não dispõe da imparcialidade proposta neste processo de impeachment, mas pode querer aparecer.

Antes do Rosalba, a prefeita de Natal isolou-se de forma tal que fora afastada da prefeitura antes de terminar o mandato; Rosalba se encontra em meio a uma crise com outros poderes, Ministério Públicos, A própria Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça etc. Além disso houve um leve crescente na pressão popular, o que chama a atenção é que  a oligarquia se perde completamente, até os aliados se escondem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Post Bottom Ad

Pages