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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Últimas duas décadas registaram 15 mil eventos climáticos extremos

Mais de meio milhão de pessoas morreram devido a aproximadamente 15 mil desastres climáticos. Os prejuízos económicos foram de 2,5 biliões de dólares. Por Fabiano Ávila, do Instituto CarbonoBrasil
Mesmo sem considerar o furacão Haiyan, que acaba de devastar as Filipinas, um novo levantamento feito pelo instituto alemão Germanwatch assusta ao apresentar os números dos últimos 20 anos de desastres climáticos.
Segundo o Global Climate Risk Index (Índice Global de Risco Climático), entre 1993 e 2012, mais de meio milhão de pessoas morreram em decorrência direta de aproximadamente 15 mil eventos climáticos extremos. Já os prejuízos económicos foram de 2,5 biliões de dólares.
“A tragédia humana causada pelo super tufão Haiyan será apenas registada em relatórios futuros. Mas os nossos resultados são um alerta para mostrar que as políticas climáticas e uma melhor gestão de desastres são urgentes”, explicou Soenke Kreft.
O índice aponta que Honduras, Mianmar e Haiti foram os países que mais sofreram nos últimos 20 anos. Considerando apenas 2012, Haiti, Filipinas e Paquistão foram os que registaram mais perdas.
O Germanwatch destaca que oito dos dez países no topo no índice são nações em desenvolvimento e com baixo rendimentoper capita. Além disso, apresentam baixa industrialização e por isso praticamente não contribuíram para as mudanças climáticas.
Entre os eventos extremos citados aparece o furacão Sandy, que assolou boa parte das Caraíbas e da Costa Leste norte-americana, o tufão Bopha, que atingiu as Filipinas em 2012 matando mais de mil pessoas, e as enchentes da temporada de monção no Paquistão em 2010, as piores já registadas no país.
Na América do Sul, o índice salienta a seca na Amazónia Ocidental em 2010, quando o Rio Negro atingiu um recorde de baixa.
“O ano de 2015 representa o limite, é quando precisamos estabelecer o novo acordo climático, e estruturas internacionais para lidar com desastres. Os países reunidos agora na Conferência do Clima de Varsóvia (COP 19) precisam ter isso em mente”, concluiu Kreft.

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