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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Declaração final da Celac enfatiza independência em assuntos internos

A declaração final da 2ª Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) enfatizou a busca da convivência pacífica e a não ingerência em assuntos internos dos membros do bloco. O texto assinado na quarta-feira (29) pelos chefes de estado e de governo dos 33 países destaca o compromisso “com a solução pacífica de controvérsias e o respeito aos diferentes modelos econômicos e políticos existentes”.

“Decretamos que a Celac é uma zona de paz e que não vamos interferir em assuntos internos de nenhum país, em cumprimento ao principio da soberania”, aponta o documento. Também foi acordado o respeito ao direito “inalienável” de cada Estado para escolher seu sistema econômico, político, social e cultural como condição essencial para assegurar a convivência pacífica entre as nações.

Atualmente na região há diferentes modelos econômicos com governos liberais, conservadores, de centro-esquerda e esquerda. Um exemplo é a existência conjunta dos blocos da Aliança Bolivariana para a América (Alba), do qual fazem parte, entre outros, Bolívia, Cuba, Equador e Venezuela, com viés socialista, e a Aliança do Pacífico, grupo formado pelo Chile, Peru, Colômbia e México, atualmente com governos liberais de centro ou direita.

Apesar das diferenças, o documento afirma que a Celac decidiu fomentar as relações da amizade entre si e com outras nações. A declaração foi lida pelo presidente cubano, Raúl Castro. Ele disse que a comunidade fará esforços para praticar a tolerância e viver em paz. “Também concordamos em continuar a promoção do desarmamento nuclear”, leu Castro.

Também participou da cúpula em Havana, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon. Ele esteve com Raul Castro e com Fidel Castro. Nos encontros, ele pediu ao o governo cubano que ratifique pactos internacionais de direitos humanos.

Outra participação importante foi a do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza. Ele participou do evento como visitante. É a primeira vez que um representante do organismo multilateral visita a ilha desde 1962, ano em que Cuba foi suspensa do bloco. No final do encontro a Costa Rica assumiu a presidência pro-tempore do bloco.

De Bogotá, da Agência Brasil, Leandra Felipe.

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