Como anunciávamos dias atrás, teve início hoje a greve dos professores da rede pública de ensino do Rio Grande do Norte. E como dizíamos só terá validade se for diferente do que ocorre, é preciso sair do âmbito sindicalista estritamente e adentrar no campo de uma revolução na forma de fazer educação. Para isso se precisa pressionar os investimentos estatais, coisa que o movimento busca, mas aliar-se do povo e dos estudantes para se tentar criar nova educação, o lado social do movimento.
sobre isso ver o artigo: Metamorfosear o movimento pela educação pública
A decisão foi tomada em assembleia geral da categoria realizada na manhã de ontem (terça-feira 28). O motivo para a paralisação, segundo o SINTE, é o descumprimento por parte do governo dos acordos firmados em 2013.
“Não há mais espaço para promessas”, declarou a coordenadora geral Fátima Cardoso. “Corremos muito atrás, buscamos sempre o diálogo, mas só recebemos promessas e com o tempo vimos que não passava disso”, lembrou.
A greve foi deflagrada no primeiro dia do ano letivo de 2014 porque no ano passado, após outra paralisação, o governo firmou um acordo com a categoria e não cumpriu. Em agosto, reeditou o combinado, mas até agora nada foi cumprido.
A SEEC foi notificada diversas vezes pelo Sindicato, mas somente nesta segunda-feira (27), na iminência da deflagração da greve, chamou a direção para uma audiência. A secretária Betânia Ramalho não compareceu e enviou o secretário adjunto para uma conversa que não avançou nas reivindicações. O governo se comprometeu apenas a pagar o terço de férias no próximo pagamento e a reajustar o piso salarial em fevereiro com retroativo a janeiro, o que é uma obrigação do estado prevista em lei.
Hoje no programa da emissora Inter TV Cabugi, da oligarquia Alves, o secretário adjunto de Educação do Estado, Joaquim Oliveira, anunciou o corte no ponto dos grevistas.
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