Morrer na porta de casa e matar nas prisões - Blog A CRÍTICA

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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Morrer na porta de casa e matar nas prisões

O problema da violência homicida aqui no Brasil é que ela é cruel e o outro lado quer pagar violência com mais violência.

Uma criança morrer queimada como ocorrera agora no Maranhão ou você sair feliz de sua residência e tomar tiros, casos assim são bombardeados pelo noticiário policial que explora o drama das vítimas e cria uma pauta conservadora que não serve para tratar esse problema gravíssimo de violência homicida no Brasil, um conflito de apartação social perverso.

De tudo que escrevo sobre Direitos Humanos para os tidos como 'bandidos" vem logo o contraste de não saber o que é perder um parente, por rara sorte não o sei, que não conheço a realidade, mas eu não diria que não há violência e que ela não destrói círculos familiares, se trata de que o problema deve ser enfrentado pelo Estado e o Estado não pode pagar na mesma moeda, a da violência.

Segundo dados do Instituto Avante Brasil desde 1994 o número de escolas públicas no país diminuiu cerca de 13% e construímos mais de 200 presídios, que ao contrário do que querem os apologistas do trancafiamento vai é fortalecer o crime organizado e o próprio problema como um todo, já que se sabe que há  um verdadeiro "estado" presidiário no Brasil.

O noticiário policial atrapalha muito, a Polícia Militar atrapalha também, mas são duas forças que tratam com mais vigor do problema e isso nos coloca precipício abaixo. São mais de 27 homicídios para cada 100 mil habitantes por ano. Em estados pobres e dominados por oligarquias anacrônicas como Alagoas, Maranhão e Rio Grande do Norte  que vivem a expansão feroz da urbanização explode a violência.

Não falo sequer que precise melhorar a educação, ela tem que ser é fundada. Educação brasileira é uma catástrofe inimaginável, além de não prestigiar os profissionais da educação segue um modelo imbecil de números. Se estuda Geografia mas não se sabe onde fica a Capital do País, não se pratica a leitura, pelo contrário, faz-se de tudo para eliminá-la, e é o serviço público, a sua falta, que influi mais diretamente sobre o quadro social esfarrapado.

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