Segundo a Associação Internacional de Jornalismo Investigativo arquivos denunciam que existam cerca de 22 mil clientes chineses em paraísos fiscais. Seriam contas de parentes próximos de altos dirigentes da China que criaram empresas offshore secretas em paraísos fiscais que ajudaram a encobrir a riqueza da elite comunista, revela um vazamento de documentos.
Os arquivos confidenciais incluem detalhes de uma empresa imobiliária de co-propriedade do atual presidente Xi Jinping nas Ilhas Virgens Britânicas e sociedades constituídas pelo filho do ex-primeiro-ministro Wen Jiabao.
Cerca de 22 mil clientes no exterior com endereços na China continental e Hong Kong aparecem nos arquivos obtidos pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos. Entre eles estão alguns dos homens e mulheres mais poderosas da China - incluindo pelo menos 15 dos mais ricos da China, membros do Congresso Nacional do Povo e executivos de empresas estatais enredados em escândalos de corrupção.
Os arquivos vêm de duas empresas offshore - sediada em Cingapura Portcullis TrustNet e baseada em BVI Commonwealth Trust Limited - que ajudam os clientes a criar empresas offshore, fundos fiduciários e contas bancárias. Eles fazem parte de um esconderijo de 2,5 milhões de arquivos vazados que ICIJ tem peneirado através da ajuda de mais de 50 parceiros de comunicação na Europa, América do Norte, Ásia e outras regiões.
Desde abril do ano passado, as histórias de ICIJ provocaram inquéritos oficiais, demissões de alto perfil e mudanças políticas em todo o mundo.
As autoridades chinesas não são obrigadas a divulgar publicamente os seus bens e até agora os cidadãos têm permanecido praticamente no escuro sobre a economia paralela que pode permitir que o poderoso e bem conectado, para evitar os impostos e manter seu relacionamento em segredo. Segundo algumas estimativas, entre 1 trilhão e US $ 4 trilhões em ativos não identificados deixaram o país desde 2000.
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| Xi Jinping e Wen Jiabao: parentes aparecem em dados do ICIJ. |
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