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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Estudo: O grau de democracia não tem melhorado no Mundo

De acordo com um estudo da Fundação Bertelsmann em muitas partes do mundo se continuará registrando revoluções e protestos, dado que o grau de democratização não tem melhorado no mundo. 

No norte da África, Ucrânia e Tailândia tem lugar protestos civis e manifestações quase diariamente, muitas vezes acompanhado por violentos confrontos. De acordo com o estudo Transformations Index 2014, da Fundação Bertelsmann (FB), os levantes e revoltas não vão diminuir nos próximos anos. Em vez disso,  vão se intensificar porque os governos democraticamente eleitos também limitam os direitos dos cidadãos e exercem a censura sobre os meios de comunicação e discriminam e excluem minorias.

O mundo será mais democrático

Os pesquisadores da  FB estudaram o que aconteceu em 129 países em desenvolvimento, com base em perguntas padrão, cujas respostas foram processadas e resumidas. Se perguntou, por exemplo, sobre as possibilidades de realização de eleições livres, o grau de liberdade de opinião e a situação dos direitos humanos. Os sistemas sociais, o desempenho econômico e a luta contra a corrupção, temas que se posicionaram logo abaixo de categorias, tais como a democracia, a economia de mercado e a qualidade de governo também foram discutidas. Na cabeça e como líderes no desenvolvimento positivo nessas áreas se encontram, por exemplo, no Uruguai , Estônia e Taiwan. As últimas posições ocupam a Síria, Mali, Iêmen e Sudão. Os países industrializados, como a Alemanha, não foram incluídos no estudo.

A Primavera Árabe não se refletiu em uma maior democracia. Apesar dos protestos em vários países, o resultado das pesquisas mostram, em primeira linha, que em média reina a estagnação. O mundo não se tornou mais democrático em relação a 2012. "Esperávamos que a Primavera Árabe refletiria claramente nas estatísticas", disse Hauke ​​Hartmann. As revoltas começaram na Tunísia e se espalhou para os países árabes vizinhos em 2010. Também a luta pela democracia em Mianmar e na África.

A Primavera Árabe não se refletiu em uma maior democracia. 

Ocidente deu origem à esperança, porém as tensões políticas dominantes na Rússia, Sri Lanka e o Sahel Norte Africano baixou o grau de democratização. 

Europa: ameaça à liberdade de imprensa 

Nem na Europa há motivo para comemorar: "Este é um momento difícil, em que enfrentamos graves atentados à liberdade de imprensa", disse Hartmann. Os problemas econômicos afetam cada vez mais editoras e jornais. Desaparece ofertas informativas diversidade e aumenta os monopólios. Se pressione e ameaça jornalistas  críticos ao sistema, especialmente na Bulgária, Romênia, Macedônia e Montenegro.

Protestos contra a manipulação das eleições em Honduras.

Na Ásia também há grandes limitações à liberdade de opinião e de imprensa, mesmo quando países como Taiwan ocupem os primeiros lugares no índice de transformação 2014 de Bertelsmann. A perspectiva decepciona na América do Sul, porque a qualidade eleitoral piora cada vez mais em países democráticos. Os resultados das eleições são manipuladas, por exemplo, nas eleições presidenciais em Honduras, diz o FB. Mas há também algumas surpresas positivas: apesar da pobreza extrema, os países africanos como Senegal realizou eleições justas.

Discriminação das Minorias

Os resultados do estudo de Bertelsmann também demonstram como  entendem a democracia os regimes dominantes. Especialistas observam que muitas vezes rege o princípio de "o vencedor leva tudo", "isto é, que quem é eleito tem mandato absoluto para governar", diz Hartmann. As minorias étnicas e religiosas são excluídas, como na Hungria e nos países árabes. "É muito problemático, mas temos de enfrentar governos que acreditam que isso é  democracia. "De acordo com o Índice Bertelsmann, mais e mais pessoas vão às ruas para lutar por seus direitos. Mas como agir contra esses protestos? Como responder aos cidadãos que querem derrubar um governo pela força e, ao fazê-lo, também se comportam de maneira autoritária? Essas são as questões-chave que, de acordo com a Fundação Bertelsmann, devem fazer os especialistas e governos no futuro. Aart De Geus, um membro da presidência da fundação, disse que "se necessita um novo e melhor  diálogo construtivo com os movimentos de protesto."

Estudo da Fundação Bertelsmann - Publicado por ssociologos.com

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