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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

População da Suíça aprova limites à imigração e defende comparticipação do aborto

A população da Suíça aprovou por 50,3% novas limitações à imigração, num referendo proposto por um partido de extrema direita. Também em referendo, a população manteve a comparticipação pública no aborto, por 70%, rejeitando a proposta de partidos de direita.
A população suíça aprovou neste domingo a iniciativa do partido de extrema direita União Democrática do Centro (UDC) com o título “Contra a imigração em massa”. A proposta foi aprovada na maioria dos cantões e pela maioria dos votantes, com 50,3% dos votos a favor e 49,7% contra.
A proposta aprovada em referendo limita a entrada de cidadãos da União Europeia (UE) e restabelece as quotas de mão-de-obra estrangeira no país, suprimidas em parte com os acordo de livre circulação com a UE assinado em 2009.
A proposta, que entrará em vigor em 2017, restabelece também o princípio da preferência pelo trabalhador nacional face ao estrangeiro, que tinha sido abolida para os trabalhadores de algum dos países da UE.
As autoridades da Suíça já tinham limitado o número máximo de entradas de imigrantes da UE, tinham cortado apoios sociais aos cidadãos da UE que procurem trabalho e o direito de autorização de residência aos cidadãos de países da UE que vivam até há cinco anos na Suíça, mas estejam no desemprego há um ano. Também em referendo, a Suíça aprovou em 2010 a expulsão automática dos estrangeiros condenados, independentemente da gravidade dos delitos.
Comparticipação do aborto apoiada por 70%
Noutro referendo e por uma maioria de 70%, a população suíça defendeu que o aborto deve continuar a ser comparticipado.
Na Suíça, o aborto nas primeiras doze semanas de gestação foi despenalizado há onze anos.
Os partidos de direita propunham em referendo que a interrupção voluntária da gravidez deixasse de ser comparticipada publicamente, argumentando que o aborto era uma questão do foro privado e que tem um elevado custo para o sistema de saúde (entre 500 e 800 euros cada).
A igreja católica não apoiou a proposta referendada, por considerar que embora sejam contra o aborto não acharam apropriado que fosse ligada ao dinheiro. A igreja protestante teve posição semelhante.

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