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segunda-feira, 3 de março de 2014

2014 começou com clima extremo em todo o mundo

A Organização Meteorológica Mundial, que pertence ao complexo de instituições das Nações Unidas, e monitoriza o clima global, informou no seu primeiro balanço do ano que as primeiras seis semanas de 2014 foram marcadas por um número nada usual de extremos climáticos. Houve extremos de calor, frio e chuva não apenas em algumas poucas regiões, como acontece usualmente em qualquer inverno, mas em todo o mundo, ao mesmo tempo. Por Sérgio Abranches.
Houve extremos de calor, frio e chuva não apenas em algumas poucas regiões, como acontece usualmente em qualquer inverno, mas em todo o mundo, ao mesmo tempo
Esses extremos causaram interrupções nos transportes, na geração e distribuição de eletricidade e na produção e distribuição de alimentos, todas muito prejudiciais à economia e com muito desconforto para as pessoas.
Foram ondas de calor na Eslovénia e na Austrália, na Rússia e em partes do Ártico as temperaturas ficaram 10 graus Celsius acima do normal. Neve no Vietname e seca violenta, frio extremo e tempestades de neve nos Estados Unidos, com o fenómeno do vórtice polar. Na Grã-Bretanha foi o inverno mais molhado dos últimos 250 anos. No Hemisfério sul, foi o começo de ano mais quente já registado, atingindo milhões de pessoas em cidades do Brasil e do sul da África.
“Tanto as regiões polares, quanto as equatoriais, experimentaram extremos. Houve precipitação de neve muito pesada e acima da média; no sul dos Alpes, as temperaturas mensais foram extremamente altas; do leste da Mongólia ao leste da China, no hemisfério sul, na Austrália, na Argentina e no Brasil houve severas ondas de calor. O clima anormalmente frio no leste dos Estados Unidos coincidiu com severas tempestades na Europa,” diz o boletim da Organização Meteorológica Mundial (WMO). E mais, regista que “em Melbourne, Adelaide e Canberra, na Austrália as ondas de calor foram as mais quentes jamais registadas, enquanto as temperaturas em Moscovo ficaram 11 graus Celsius acima do normal. Na Alemanha e na Espanha em janeiro as temperaturas ficaram 2 graus Celsius acima do normal.”
A WMO conclui que ainda precisa tempo para para determinar se esses evento são anómalos quando tomados globalmente. “Mas quando examinados regionalmente, como a onda de calor na Austrália ou o frio nos Estados Unidos são de facto anomalias, não são usuais.” São pontos definitivamente fora da curva. No mês que vem, a WMO publicará um relatório mais completo sobre o aumento da probabilidade de eventos climáticos extremos com a mudança climática.
Artigo de Sérgio Abranches, publicado por Instituto CarbonoBrasil

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