O ato de comunicar informações é tão antigo quanto a história das civilizações humanas, na Grécia antiga falava-se na figura dos mensageiros; a própria linguagem é um ato que remete a troca de relações por meio de códigos entre indivíduos, mudaram ao longo dos séculos as formas de transmissão das informações. Nas sociedades modernas, junto com a industrialização, a indústria das comunicações toma proporções inimagináveis, o telégrafo, o telefone, depois o Rádio, o cinema e a TV, e hoje a internet proporcionaram uma integração global de tudo que acontece em todas as partes do Mundo. Mas a informação, como, falei, é uma indústria, e atualmente, das mais importantes para construção da "realidade".
Aqui no Rio Grande do Norte chega a parecer que o único motivo para haver notícia é ter havido um ato de "violência", a violência no seu contexto social desta nossa realidade. Até parece sermos um desagregado de competidores. E nem é que se deva esconder, já que se diz que só se mostra por que acontece, mas há uma forma peculiar de mostrar-se, nem saberia o que diabo é um programa policial, você amanhece ouvindo quem morreu de noite, almoça com a mesma coisa se não tiverem havido outros ao longo da manhã e dorme com a mesma porcaria zunindo. Nunca vi um programa incentivando a produção cultural em lugar nenhum, em não me venha falar da nova bandinha de forró criada em em algum lugar. Em que cerca de arame ficara espetado nossa solidariedade?
Não quero idolatrar um passado, violento demais por sinal, fome, analfabetismo, fanatismo religioso, por sinal há Brasil sudeste afora os imbecis que nutrem preconceitos sobre isso, mas melhor nem falar nisso. Me incluo entre os chamados progressistas ou "modernistas", portanto, visualizo conquistas na educação, eficiência administrativa, tecnologia. Só quero saber onde falhamos para ao invés de libertarmos-nos desses vários jugos e construímos melhor sociedade, nos "libertamos" para uma concorrência desastrosa, a "modernização" veio do ponto de vista tecnológico, mas a solidariedade piorou.
A "mídia" do Rio Grande do Norte é miserável, nojenta quando fala de liberdade de expressão, pior do que o sem sentido jornalismo Globo. Como pode um indivíduo imaginar que apresentando um programa policial pode mudar algo em algum lugar? Meios quase todos pertencentes aos oligarcas que fazem de tudo para que não exista política aqui no estado e que se autodenominam-se "classe política do RN". Vai gritar no Rádio ou na TV e se candidatar a vereador pelo PMDB ou pelo DEM, acontece muito, o padim quem botou no microfone? Ou vai ser "produtor cultural" tocando Aviões do Forró? E tem os que creem mesmo no grande trabalho jornalístico que é apresentar o programa policial...
Mas quero saber também de vocês que continuam seguindo nessas ruas os Alves, os Mais, etc, todo mundo aqui sabe quem são os que não citei, toda média cidade tem um ou dois e as demais pequenas cidades tem os seguidores destes. Vendendo-se por exames, empregos "doados", medicamentos, há miséria que conduz as pessoas a aceitarem isso, mas onde estão os que estudam nesse estado? Por que permitem que se elejam os que vendem drogas?
Pra quê houve esse lixo, pra quê ler essas porcarias em blogs e jornais? Para que servem a universidades? As escolas?
Onde estão os sindicatos, os estudantes?
Programação sebosa de noticiário policial, programas "musicais" horrendos, jornais que trata Garibaldi ou Zé Agripino como liderança política. É o quê?
E pra complementar aí vem pela TV um Marcelo Rezende, um Datena, Jornal Nacional, Faustão...
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