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sexta-feira, 11 de abril de 2014

Greve Geral na Argentina

Greve geral de 24 horas parou Buenos Aires. A convocação foi de três centrais sindicais e teve elevada adesão nos serviços públicos.

Uma greve geral de 24 horas convocada por três centrais sindicais, de setores de oposição de esquerda do sindicalismo argentino, paralisou totalmente os serviços de transporte público - comboios, autocarros e metro - e a recolha do lixo desde as zero horas desta quinta-feira (10/04) nas principais cidades argentinas. O protesto foi convocado contra "o ajustamento, a inflação, a insegurança". É a segunda greve geral em cinco anos do governo de Cristina Kirchner.
Os trabalhadores nucleados nas centrais opositoras CGT (Confederação Geral do Trabalho) – Azopardo, CGT - Azul e Branca e CTA (Central de Trabalhadores da Argentina) Nacional cruzaram os braços, mas não convocaram manifestações. No entanto, sindicatos ligados à oposição de esquerda mobilizaram para o corte de ruas e estradas em Buenos Aires e noutros pontos do país.
A greve acontece no momento em que estão a ser negociados acordos salariais coletivos, supervisionados pelo Ministério de Trabalho. As centrais sindicais acusam o governo de estabelecer um teto aos acordos.
A primeira negociação, feita com professores da província de Buenos Aires - governada pelo kirchnerista Daniel Scioli –, terminou com um acordo de aumento médio de 30%, com variações de até 38% para alguns cargos, depois de 17 dias de greve. As negociações dos docentes costumam marcar tendência nas negociações coletivas, que começam em março na Argentina.
Clima de domingo
Em dia de greve geral, transportes públicos param em Buenos Aires. O serviço foi interrompido em todas as linhas de metro – Foto de Aline Gatto Boueri/Opera Mundi
Em dia de greve geral, transportes públicos param em Buenos Aires. O serviço foi interrompido em todas as linhas de metro – Foto de Aline Gatto Boueri/Opera Mundi
Em Buenos Aires, muitas lojas de comércio optaram por fechar as portas, apesar dos patrões do setor não terem aderido à greve.
A paralisação dos trabalhadores de transportes públicos e de caminhões, agrupados na CGT – Azopardo, do líder camionista Hugo Moyano, afetou a distribuição de combustíveis, a recolha de lixo e o transporte de valores para agências bancárias. No entanto, os bancos estiveram abertos, ainda que com pouco movimento. Moyano, que foi aliado dos governos de Néstor e Cristina Kirchner, rompeu com o kirchnerismo em 2011.
Na última terça-feira (08/04) a presidente afirmou que “todos têm direito à greve” durante um ato do governo transmitido em cadeia nacional por rádio e televisão. Na manhã desta quinta-feira, o chefe de gabinete da presidência, Jorge Capitanich, acusou as centrais sindicais em greve de querer “sitiar as cidades como na Idade Média” e criticou a paralisação nos transportes.
Já os sindicalistas afirmam que o transporte público não é serviço essencial e se amparam em tratados da OIT (Organização Internacional do Trabalho) para defender o direitos à greve aos trabalhadores do setor.
Notícia elaborada com base no artigo de Aline Gatto Boueri, publicado em Opera Mundi

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