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quarta-feira, 14 de maio de 2014

Degelo de parte da Antártida já será irreversível

Dois grupos independentes de investigadores apresentaram esta semana resultados semelhantes, e preocupantes, sobre o degelo da Antártida: boa parte da camada de gelo do continente está a derreter e não há mais como fazer com que esse processo seja interrompido. Por Fabiano Ávila do Instituto CarbonoBrasil


Quando todo esse gelo, cerca de 182 mil quilômetros quadrados, chegar ao oceano, o que deve levar dois séculos, o nível do mar subirá pelo menos três metros, o suficiente para alterar de forma dramática a linha costeira do planeta.
“Um grande setor da Antártida Ocidental está em um estado de irreversível derretimento. É tudo uma questão de física agora para saber quanto tempo o gelo levará para escoar para o oceano”, afirmou Eric Rignot, investigador da NASA e autor de um dos estudos.
“Isto está realmente a acontecer”, completou Thomas P. Wagner, também da NASA.
“O próximo estágio estável para o gelo da Antártida Ocidental é provavelmente não ser mais gelo...”, alertou Ian Joughin, autor do outro estudo e glaciologista da Universidade de Washington.
Os dois trabalhos foram publicados em periódicos renomados, a Science e o Geophysical Research Letters, e utilizaram métodos diferentes para analisar o degelo da Antártida.
O estudo da NASA realizou observações durante 40 anos, medindo o fluxo de gelo para os oceanos muitas vezes com a presença de investigadores no local.
Já o trabalho comandado por Joughin utilizou medições por satélites e modelagens climáticas para avaliar o derretimento.
A conclusão, no entanto, é a mesma: boa parte dos 182 mil quilômetros quadrados de gelo na Antártida Ocidental deve desaparecer, elevando o nível dos oceanos nos próximos séculos.
Nenhum dos dois grupos de investigadores procurou provar que existe uma ligação entre o degelo e o aquecimento global, mas Rignot deixou claro:
“Nós realmente acreditamos que esse processo está relacionado com o aquecimento do planeta.”
Veja os estudos:
Crédito do vídeo: NASA
Artigo de Fabiano Ávila do Instituto CarbonoBrasil

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