Revolta sem futuro? - Blog A CRÍTICA

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sexta-feira, 16 de maio de 2014

Revolta sem futuro?

Você conhece a crítica do país de vagabundos, derretimento de "valores morais", esculhambação com relação ao Brasil, neste momento floresce nas redes sociais uma tal TV Revolta; devemos questionar se isso tem algum caráter progressista para a sociedade. É certo que a sociedade brasileira é decadente, se é que possa ser pelo fato de nunca ter sido florescida; a fraqueza "religiosa" demonstra vários aspectos em sua miséria. Mas esse tipo de crítica geralmente são debilitadas, pois não podem colocar a reflexão do ponto de vista racional e depois social, e sim, meramente um "moralismo" para colocar sobre os ombros dos outros.

Do ponto de vista estrutural perdemos quilômetros na estrada da história com Administração esfarrapada, se o setor privado é antidemocrático, o público é o palco do serviço ao jeito que der. E isto descaminha recursos, serviços públicos eficientes, ensino que é uma tragédia particular nossa; desinformação e desconhecimento de direitos, entreguismo ao fracasso político, permanência no jogo dos favores e da demagogia.

Não é só do lado do governo, descontado o parágrafo anterior, que significa a maior parcela; temos que atentar para o opera por baixo, já que quem imagina corrigir tudo do alto geralmente cai do cavalo, engolido pela realidade social, pelo jeitinho.

Mas o que justifica o sucesso da uma TV Revolta, primeiro porque são geralmente dizeres com efeito, que provocam certo desejo de compartilhamento e, em segundo, por serem desinformações disseminadas. Nesse caso claramente apelativa.

O fato predominante atualmente é que as pessoas sabem que podiam ter mais do que têm, e isso é decisivo para a rebeldia, o que ocorre na rede é isso, o que for percebido como aquilo que tenha a ver com mais direitos vai ser compartilhado. Um poema compartilhado, um artigo de um sociólogo, uma opinião de um "desconhecido", serve para despertar interesse para questões sociais. Portanto, pior não pode estar.

A internet é rica em conteúdo, muito mais informação útil pode ser usada para liberdade política. Compreender a própria decadência, o porque da força  de seitas evangélicas, do misticismo, da não valoração do trabalho, da banalização da violência, não é imediato, percepção, imaginação, razão e crítica devem se unir em um longo processo de amadurecimento.

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