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sexta-feira, 20 de junho de 2014

Migração forçada atinge 50 milhões de pessoas pela primeira vez desde o pós II Guerra Mundial

Entre 2012 e 2013, o número de migrantes forçados aumentou seis milhões. Dos 51,2 milhões de pessoas que foram obrigadas a abandonar o país em que viviam, 25.300 são crianças menores e sem acompanhamento, segundo avança a agência da ONU para os refugiados (ACNUR).

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Segundo o relatório "ACNUR, Tendências Globais 2013", divulgado no dia Mundial do Refugiado, no final do ano passado, o número de deslocados forçados atingiu 51,2 milhões. Neste total estão incluídos 16,7 milhões de refugiados, 33,3 milhões de deslocados e 1,2 milhões de pedidos de asilo pendentes.
Este é o valor mais elevado desde a era pós Segunda Guerra Mundial, e representa um aumento de seis milhões de pessoas face a 2012, ano em que se registaram 45,2 milhões de migrantes forçados, dos quais 15,4 milhões de refugiados.
Mulher refugiada na República Centro-Africana. Foto: Acnur/Sam Phelps
Conforme lembra o jornal Guardian, o Programa Alimentar Mundial (PAM) viu-se recentemente forçado a diminuir a dimensão das rações distribuídas em alguns campos de refugiados face ao acréscimo das necessidades. Os milhões de pessoas que se veem obrigadas a fugir da guerra, de perseguições várias, da fome ou da falta de água concentram-se maioritariamente - 86% - nos países em desenvolvimento. Os principais países de acolhimento de refugiados são o Paquistão (1,6 milhões), Irão (857.400), Líbano (856.500), Jordânia (641.900) e Turquia (609.900). Por outro lado, do total de refugiados no mundo, 2,56 milhões são originários do Afeganistão, 2,47 milhões da Síria e 1,12 milhões da Somália.
A guerra na Síria, que levou ao deslocamento forçado de 40% da população - 2,5 milhões de refugiados e 6,5 milhões de deslocados internos - é a principal causa do aumento exponencial dos migrantes forçados.
Os conflitos na República Centro-Africana, Ucrânia e Iraque também estão a contribuir para agudizar a situação, sendo expectável que o agravamento da instabilidade nestes países se venha a traduzir num ainda maior aumento da migração forçada.

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