Semi-árido: os mesmos que se divertiram com a seca mandam até hoje no RN - Blog A CRÍTICA

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quinta-feira, 19 de junho de 2014

Semi-árido: os mesmos que se divertiram com a seca mandam até hoje no RN

Antes se usava os moradores do campo no Rio Grande do Norte para sustentação eleitoral de oligarcas, hoje se deixou o campo de lado, mas os mesmos oligarcas dominam o Rio Grande do Norte na base da falta de política.

O homem que se mantém no campo olha para a caatinga e a única alternativa é convertê-la em carvão, por que , apesar de ser a região semi-árida mais úmida do planeta as chuvas  são irregulares e sem um desenvolvimento racional de adaptação na região, principalmente, com técnicas de armazenamento de água e criação de animais, como os caprinos, adaptados para o clima não resta outra fonte de sobrevivência além dessa prática da queima da caatinga.

Cria-se gado bovino, mas estes são animais de grande porte e que necessitam de farta alimentação, quando se prolonga a estiagem é fatal a perda dos animais ou o endividamento dos produtores com ração comprada em armazéns. O desafio, é portanto, sabendo-se da inevitabilidade da seca, conseguir produzir em plena estiagem e dar condições de progresso do campo do sertão, uma forma de enxugar as cidades da região que acabam vendo o proliferar da violência urbana. Apesar de que, infelizmente, a "educação" rural nos estados nordestinos seja feita para que haja u êxodo, porque as únicas perspectivas para os jovens do campo é conseguirem um emprego, principalmente no setor de serviços, nas cidades.

Como disse no início descarta-se o desenvolvimento agrário-pastoril do polígono das secas e deixa-se quem ainda vive do campo praticando suas atividades inadequadas dependendo de pensões de familiares como renda fixa.

É claro que quando se fala em alternativas para nossa região não se pode simplesmente imaginar fator vistos em outras regiões áridas e passar em campanhas eleitorais sem disposição de cumpri-las, a tarefa é árdua, não é fácil para quem está acostumado com suas tarefa habituais fazer mudança de atividade econômica, mas como falei, é preciso que a educação rural seja voltada para a realidade da região e que a juventude seja uma aposta para a inovação produtiva do semi-árido.

O Rio Grande do Norte continuar a se mandado pelos mesmos oligarcas que se divertiram com a miséria do campo, com a seca tornada negócio, somente significa apostar no atraso. Cidade e campo precisam ser totalmente rediscutidos, o pensamento precisa ser renovado, o ar de esmolismo se torna insuportável. Precisamos deixar de ser tão dependentistas, deixar a estupidez de lado e encarar a realidade com efetiva disposição de praticar inovações.

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