A decadência em tudo no RN - Blog A CRÍTICA

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sexta-feira, 18 de julho de 2014

A decadência em tudo no RN

Nossa "perda" do "referencial" cultural católico-lusitano, ou melhor dizendo, a sua mistura com a modernidade e agora com a chamada "sociedade global de massas" tornou nossa decadência ainda mais perigosa, porque sempre estivemos à margem da cidadania, no reino do analfabetismo, da dominação política, mas a arte existia. O fator que talvez seja o mais notável é a recente concretização da urbanização de forma brusca e sem um processo adequado de formação cultural-cidadã para a urbanidade. Na verdade a educação fracassada nos joga escada abaixo. Veja o desespero e a falta de capacidade política: No Brasil sempre surgem propostas de criar disciplinas nas grades da educação básica, a mais colocada em pauta é cidadania; o que só faz dividir  o currículo sem servir de nada, como aprender cidadania quando a grande maioria dos alunos sequer aprende a ler? Não há ensino da matemática. Como ensinar cidadania em uma escola vazia de arte?

A nossa escola é aberrante. A superdivisão de tudo não propicia a libertação do ímpeto criativo. Acrescentar disciplinas não adianta. Os que governam não sentem vergonha desse estado da "educação", sem sequer carreira de professor. O RN não tem as discussões que precisa, estamos na lama, na miséria cultural, sem educação para a arte elevada. Nossa juventude morre em motocicletas por que não encontram arte para a vida, se jogam ao asfalto da morte por que foram enfraquecidos na cultura do lixo. A sexualidade é tornada escárnio, o ceticismo depravado invade o mundo. Rir-se de quem trabalha com a terra. Rir-se de quem faz política. Sente-se vergonha da música e faz-se da música um vazio que torna o ser rastejante.

O RN se tornou tão homicida devido à fraqueza cultural que não superou o catolicismo cultural, fez uma mistura com a "cultura de massas" e tornou as pessoas vazias de espírito.

Perdemos nossa juventude para a decadência de um Mundo desorientado de razão artística, para quê vida. Comprar coisas? Não é só isso. Não preenche o vazio da construção política, do espírito forte da cidade, da alegria de produzir arte.

Estamos em meio a uma selva, tornamo-nos loucos, inimigos de nós mesmos.

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