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domingo, 20 de julho de 2014

Vícios de escola

A fraqueza (decadência) do catolicismo cultural latino-americano aparece principalmente na questão de ao invés do sujeito valorizar o esforço pessoal ele se finge de fraco para ser agraciado; o que não se trata de dizer que são pessoas preguiçosas, avessas ao trabalho; pelo contrário, o trabalho é intenso, como diz Patativa do Assaré em meio à exploração camponesa, ("Sou que durante a semana, cumprindo a sina tirana, na grande labutação, mode sustentar a família, só tem direito a dois dias o resto é para o patrão - Patativa), mas pelo fato de não ter havido o direcionamento para a construção de uma sociedade "avançada"; claro, sem ser apologeta do "Progresso" a qualquer custo aos moldes americanos, onde, indígenas e meio ambiente padeceram, não é mais o caso na época da sustentabilidade; mas é indiscutível o valor cultural como exemplifica ao máximo o caso japonês.

A escola brasileira neste momento passa da ausência a uma carência de produtividade, passa da necessidade de um Paulo Freire a um Administrador que a dê eficiência. Neste momento enfrentamos antes de tudo a falta de atenção necessária; a única proposta interessante tem sido a de Federalização do ensino básico por parte do Senador Cristovam Buarque. Por outro lado, como não seria diferente, ela é repleta de vícios "culturais" do tradicionalismo brasileiro.

Partindo afora a questão comum de os alunos não lerem e desenvolverem o "costume" de "caçar respostas" pelo fato de o professor realizar questionários em que as respostas são trechos do livro que se encaixam perfeitamente na pergunta apenas a uma "passagem de vista"; existe aquele que se torna "ruim" (maneira judaico-cristã de lidar com o sofrimento: culpando alguém") ao não permitir que os colegas copiem as respostas da atividade que querem fazer apenas para fins de notas. A turma que vai fazer "graça" nas salas, não que devamos ser ranzinzas, mas é que não existe criatividade alguma. As "colas" generalizadas nos dias de prova como desafio e ares de grande feito.

Justamente a escola brasileira que deve assumir a missão de fazer a transformação cultural do país, salvo raras e vistosas exceções, ainda está longe de dominar a decadência.

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