O tipo das relações sociais que propiciaram o coronelismo no interior do Brasil ainda é extremamente presente nas disputas eleitorais; tenho observado com atenção a forma de abordagem que os oligarcas e os que não são mas praticam o mesmo tipo de caça ao voto praticam. Eles querem uma abordagem festiva e adulatória; quando alguém aceita um aperto de mão com grande satisfação, não que seja proibido um aperto de mão é até um gesto sempre socializante, mas é de uma forma oportunista, nesse caso específico; e o que dizer quando alguém agarra logo os panfletos, coloca botons na camisa e sai gritando, aí é um espetáculo...
Não gostam de uma abordagem do eleitor voraz, na busca de informações, fazendo crítica de cargos passados para quem o teve e o mais crucial de tudo, esse tipo de parasita político não gosta de um povo que tenha opinião.
O negócio se tornou tão imundo em um século ou mais de existência que fica difícil para quem trata isso como medonho e vergonhoso concorrer sem receber da própria população esse tipo de abordagem, sempre tem alguém louco por papel e passeata besta no meio da rua...
Em uma eleição os candidatos sairão às ruas, conversarão com as pessoas, farão publicidade, é assim em qualquer lugar do mundo onde tem eleições; mas não estou me referindo ao fato simples; há um gosto por eleições bestializantes, festivas e que seja voto só por superficialidades carnavalescas.
E não pode ser assim, a cidade brasileira é cidadanamente terrível, um misto de curral com publicidade neoliberal; o voto de cabresto de um lado e o homem privado do outro; a cidade é o aspecto político fundamental; uma cidade que não faz a si mesma não existe.
Aqui no Rio Grande do Norte uma virada cidadã é decisivo passo para a transformação das nossas cidades loteadas por mercenários aproveitadores da máquina estatal. A consciência do catolicismo cultural é fraca, os problemas de nossa cidade são extremamente profundos para serem levados com meras superficialidades bestiais.
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