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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

ONU abre primeira Conferência Mundial sobre Povos Indígenas

Encontro começa esta segunda-feira e terá duração de dois dias; participantes vão debater oportunidades, perspectivas e melhores práticas para a concretização dos direitos desses grupos.
Foto: ONU/Paulo Filgueiras
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A ONU inicia esta segunda-feira a primeira Conferência Mundial sobre os Povos Indígenas em sua sede, em Nova York.
Segundo a organização, o mundo tem hoje cerca de 370 milhões de indígenas de mais de 5 mil comunidades diferentes espalhadas por 90 países.
Oportunidades e Perspectivas
A reunião será uma oportunidade para que os participantes possam debater oportunidades, compartilhar perspectivas e analisar o alcance dos direitos do grupo.
De Brasília, o líder indígena Marcos Terena falou à Rádio ONU sobre o encontro.
"Existe muita preocupação com alguns temas que são contraditórios em relação às propostas dos povos indígenas mas, ao mesmo tempo, existe uma expectativa positiva através do diálogo. O único problema é a questão de tempo já que a Conferência acontece apenas por dois dias. Mas já foram feitas várias pré-conferências em vários lugares do mundo então a gente tem uma boa expectativa, principalmente, em relação ao que afeta diretamente os povos indígenas que são as mudanças climáticas e o direito a propriedade intelectual dos conhecimentos tradicionais."
A ONU diz que os indígenas, em particular mulheres e meninas, enfrentam muitas dificuldades de acesso a uma educação de qualidade. Os especialistas afirmam que são necessários programas educativos especialmente preparados para lidar com o idioma e a cultura dessa população.
Emprego
Além disso, as habilidades e os conhecimentos indígenas representam bens que podem fornecer as bases para se conseguir um emprego ou abrir um negócio ou cooperativa.
Outro dado importante é que muitas das causas de mortes de crianças indígenas poderiam ser evitadas, como a desnutrição, diarreia, tuberculose e infecções causadas por parasitas.
A ONU explica que muitos povos nativos continuam extremamente vulneráveis a questões de terras, deslocamento forçado, reassentamento involuntário e não tendo seus costumes reconhecidos.
A participação ativa das lideranças indígenas nas Nações Unidas tem ajudado nos trabalhos e parcerias com os Estados para avançar com os assuntos relacionados aos seus direitos.
Para a ONU, o acesso ao planejamento familiar, a parteiras e a cuidados obstétricos de emergência estão entre as intervenções que têm o melhor custo-benefício para esses povos.

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