Que EUA nos vendem? - Blog A CRÍTICA

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domingo, 28 de setembro de 2014

Que EUA nos vendem?

É uma referência, principalmente, para o noticiário policial um Estados Unidos democracia ditadura feroz que tem pena de morte, prisão perpétua e todo tipo de castigo escroto; mas tem também em outros setores, por exemplo, formamos a ideia de que os Estados Unidos é livre de movimentos sociais, não é isso que a história mostra.

Primeiras greves fabris de massa, inclusive, com grande força de mulheres; histórico de ações afirmativas desde o século XIX, quando um garoto negro fora recusado em uma grande universidade e a justiça determinou que o Estado providenciasse uma outra Universidade do mesmo nível para negros (Lógica do apartheid, iguais mas separados) e depois com leis de ações afirmativas sem divisão; lutas do movimento gay em São Francisco, origem desse movimento; regulação da mídia; candidaturas socialistas, música negra, woodstock.

Importa-se o pior como o melhor...

Temas que no Brasil são tornados tabus e que a democracia não pode adentrar, contrariando a regra do debate de qualquer tema. É evidente que quem controla a democracia americana é o grande capital, mas é mentir dizer que não existe democracia naquele país, já que se pode escrever, Chomsky escreve lá, sobre essa fabricação de consenso, em um regime totalitário seria eliminado.

A democracia americana é usada no Brasil para impedir que nossa democracia não opere em discussões essenciais, se mostra um modelo sabe-se lá tendo em vista que América e nos induz a pensar que temos que copiar os Estados Unidos a partir de um modelo inventado aqui mesmo. Não faço um elogio ao regime americano, somente do espírito democrático, a forma como a sociedade americana o utiliza é algo além dessa abordagem.

Não podemos debate mídia que já em uma ditadura, os EUA debatem desde o século XIX e mantém o mesmo regime; somos bárbaros? O regime democrático não tem um modelo, a democracia pressupõe ausência de verde, ele sempre deve se auto criar. Não sei se o povo dos EUA fazem isso.

Outra coisa são as relações internacionais da grande potência, que todos sabem não são democráticas, quem apoia apoia sabendo e aceitando o uso da força de alguma forma justificada.

Então, essa importação de um EUA para barrar qualquer discussão nossa não tem nada de modelo, é sim uma grande farsa.

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