“O problema do Brasil não é a
Monarquia nem a República e sim a Oligarquia absoluta” (Machado de Assis)
Na
época Machado era colunista de Jornal; favorável a um terceiro reinado, de
Isabel, e tendo a certeza de que a República no Brasil faria surgir “a
aristocracia mais insana que o sol um dia já iluminou”. A profecia se realizou
e o Brasil continua até hoje se direcionando para a oligarquização total da
política. Nesse processo eleitoral as duas facções trocam acusações, mas não é
este o fim aqui.
Para
o filósofo alemão Jurgen Habermas a democracia pressupõe uma oposição (Minoria)
que aceita as regras do jogo desde que garantida sua possibilidade de vir a ser
maioria no futuro.
No
Brasil não se confia tanto nas regras do jogo e se formula tendências hegemônicas,
inclusive o “perigo vermelho”. O “sistema” partidário é feito para a barganha; o oligarquia, o PMDB,
assiste de camarote à encenação democrática. O PT nunca constituiu maioria, governa
sobre chancela do PMDB, como todos os outros presidentes desde Itamar Franco,
única forma de resistir aos escândalos; a maioria dos Prefeitos, vereadores, governadores e senadores é do PMDB.
A
primeira forma de cortar as asas do PMDB seria não eleger seus candidatos, o
que é difícil com a interferência econômica; a outra seria a pressão popular
aos moldes de Junho de 2013, mas bem direcionada, por uma reforma política
constitucional.
“[...] um processo político que
resulta da sociedade civil tem que adquirir uma parcela de autonomia em relação
a potenciais e poder ancorado na estrutura social (Poder das associações, modo
de financiamento) a fim de que o sistema não se degrade.” (Habermas)
O sistema que impede uma maioria homogênea, apesar de que não absolutamente fechada, é intrinsecamente corrupto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário