Onde estão e quem são os predadores?

O Estado Predatório é uma definição do sociólogo espanhol Manuel Castells a respeito de seu estudo sobe o quarto mundo, ou seja, a África subsaariana; a essência desse Estado Predatório é o assalto de dinheiro pela casta governante e sua remessa para fora, assim fez Mobutu com o Níger e faz-se hoje na Guiné, onde recentemente o filho do chefe do país teve que doar bens milionários para não ser punido.

No Brasil a predação ocorre com obras públicas; assim o era com a eletrificação rural no Nordeste onde usava-se esse pretexto recorrentemente para fazer o assalto, a mesma obra era projetada incessantemente  nunca se concretizava; o mesmo ocorria com as cassas de taipa, prefeitos colocava na lista das verbas federais e roubava, ainda roubam em alguns casos, para depois vir outro e fazer o mesmo.

No Rio Grande do Norte essas duas obras foram concretizadas em boa extensão agora nos anos 2000, energia com o programa Luz Para Todos e as casas de taipa foram substituídas por farrapos que racham pior do que as anteriores de barro amassado.

Então, esse é o sentido máximo de um Estado loteado de ladrões e não de agentes políticos, isso só ocorre no reino da miséria, onde falta educação, falta tudo e se negocia voto por exames como num Hospital fundacional na cidade de Caicó.

O deputado na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte celebra os votos recebidos para mais um mandato, próximo de dez, como reconhecimento pelos trabalhos, ora, se fosse um voto limpo, fora do âmbito do analfabetismo, da necessidade miúda, da acidadania, esse sujeito a que me refiro era indigno de ser colocado em uma urna, não recebia 10 votos.

Municípios são a essência da cidadania hoje no Mundo inteiro, quando mais sujo for o município, ou seja, desprovido de força cidadã autônoma, mais fraco e debilitado é o Estado nacional; e no Brasil o problema são os municípios, Victor Nunes Leal levantou essa questão há décadas, são amesquinhados, negociados e loteador por ladrões quadrilheiros, que pedram as municipalidades em interesse pessoal.

Quando mais frouxa a cidadania, o zelo pessoal-coletivo pelo público, quando mais frouxo os movimentos sociais sem poder de forma incessante mais espaço para essas predações.