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sábado, 11 de outubro de 2014

ONU compara avanço do EI em Kobane ao massacre de Srebrenica

Reagindo à tomada do quartel-general dos curdos resistentes pelo Estado Islâmico (EI), o enviado especial das Nações Unidas para a Síria apela à ação para travar a tomada de Kobane, antevendo um massacre semelhante ao de 1995 na Bósnia.

Esquerda.net

Refugiados de Kobane tentam entrar na Turquia e são mantidos à distância pelos soldados turcos. Foto Heike Hänsel/Die Linke

“Vocês lembram-se de Srebrenica. Nós nunca o esquecemos e nunca nos perdoamos por aquilo”, disse Staffan de Mistura, o enviado especial da ONU para a Síria, após as notícias da tomada do quartel-general e de mais de metade da cidade curda de Kobane, que integra a Região Autônoma de Rojava, junto à fronteira com a Turquia. “Todos devem fazer o que puderem para impedir isto”, apelou o diplomata, citado pelo Guardian, em declarações aos jornalistas esta sexta-feira em Geneva.

“Quando existe uma ameaça iminente para civis não podemos ficar calados”, concluiu o enviado especial da ONU. Mas até agora não há sinais de que a população que permanece em Kobane possa receber a ajuda que pediu ao mundo nos últimos meses: armas e munições para se defenderem do cerco montado pelo EI à cidade libertada pelas Unidades de Proteção Popular curdas em julho de 2012.

Na Turquia, o presidente Erdogan continua a recusar qualquer intervenção para repelir o EI. O seu partido AKP foi acusado pelo ODP, partido ligado à luta da população curda, de ter “laços econômicos e militares” com o Estado Islâmico e interesse político em atacar a experiência de governo autônomo da população curda na região de Rohava e ao mesmo tempo aprofundar a guerra civil na Síria.

Em comunicado divulgado esta sexta-feira, o ODP denuncia ainda o clima de “guerra civil” montado pelo governo turco, com o apoio da polícia e de milícias armadas, em ataques contra as manifestações de solidariedade com a resistência de Kobane ao EI. A repressão das manifestações nesta semana fez mais de 30 mortos, sobretudo nas regiões do sudeste, de maioria curda.

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