Qualquer determinismo com repercussões sócio-políticas é hoje ultrapassado, as regiões apenas relativamente configuram o sujeito, e mesmo assim dentro de circunstâncias diversas, muito menos ainda biologicamente; sabemos que não há etnia privilegiada. O grande tema do século XXI é a integração ou a complexidade, embora estejamos numa época, onde a globalização ainda causa dominações e localismos resistentes ao "estranho" mas a integração espacial-comunicacional é inevitável.
Como essa integração repercutirá nas produções artísticas locais, ou que tipo de arte produziremos no nosso espaço mas sempre em contato com o mundo todo? O Nordeste tem ficado entre dois antagonismos que se anulam mutuamente, o quixotismo do regionalismo (sonho de restauração) e a zueira eletrônica deformada muito mais para venda do que propriamente para a arte.
Hoje a cultura ganha contornos globais, como assinala Bauman, não há mais cultura para grupo específico, isso é, por exemplo, música erudita para classes mais altas, agora todos tendem a consumir o mesmo. Com rede o acesso a textos e produções de todos os povos nunca foi tão fácil.
Apesar dessas características o que tem prevalecido não é uma produção integrando características das artes de todas as regiões como deve ser, e sim uma produção de algum centro financeiro que invada todos os loais se sobrepondo às artes locais. E essa produção normalmente é desfigurada, nasce dos exageros do consumo sem essência e não da vida mesma.
Os membros da escola de Frankfurt, particularmente Adorno, tendia a ver a época industrial como impossível de voltar a ter arte, seria apenas mercadoria, no entanto se processou a capacidade de agregar todos os valores, quanto poderemos aprender da cultura chinesa, árabe, indiana,africana, uas literaturas e seus poetas.
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