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sexta-feira, 21 de novembro de 2014

OMS: mais de 30% das mulheres são vítimas de violência do parceiro

Dado consta do estudo publicado na revista especializada The Lancet; documento mostra também que 7% das mulheres vão sofrer violência sexual de um não-parceiro em suas vidas.
Foto: ONU/Martine Perret














Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, alertou esta sexta-feira que uma em cada 3 mulheres no mundo é vítima de violência física ou sexual cometida pelo seu parceiro, marido ou namorado.
O dado consta do estudo publicado na revista especializada The Lancet e que foi preparado em conjunto por especialistas da OMS, da Escola de Higiene e de Medicina Tropical de Londres e da Universidade George Washington, nos Estados Unidos.
Esforços Inadequados
O documento diz ainda que 7% das mulheres vão sofrer violência sexual em algum momento de suas vidas. Os esforços atuais para evitar a violência contra mulheres e meninas são inadequados.
As especialistas afirmaram que apesar do aumento da atenção global para o problema e os recentes avanços sobre como atacar esses abusos, os níveis de violência contra as mulheres continuam "inaceitavelmente altos".
O estudo cita casos de estupro, mutilação genital, tráfico e casamentos forçados com sérias consequências para a saúde física e mental das vítimas. Os conflitos armados e outras crises humanitárias podem piorar ainda mais essa violência.
Mutilação Genital
Segundo a OMS, entre 100 e 140 milhões de meninas e mulheres sofreram mutilação genital no mundo. Somente na África, mais de 3 milhões de meninas estão sob o risco dessa prática todos os anos.
O estudo mostra também que 70 milhões de meninas no mundo inteiro casaram antes de completar os 18 anos e muitas contra vontade.
As especialistas afirmaram que não estão sendo feitos esforços suficientes para evitar que a violência contra mulheres e crianças ocorra.
Ações
Elas dizem que apesar dos recursos de apoio terem aumentado, como por exemplo acesso à justiça e serviços de emergência, são necessárias cinco ações básicas para combater o problema.
O estudo explica que os governos devem lidar com a violência contra mulheres como uma prioridade. As autoridades devem combater as estruturas de discriminação em leis e políticas que perpetuam a desigualdade entre homens e mulheres e fomentam a violência.
Além disso, os governos devem investir em programas para promover a igualdade, o comportamento não violento e sem estigma de apoio às vítimas.
Outro ponto importante é o fortalecimento dos setores de saúde, segurança, educação e justiça, como também apoiar pesquisas e programas para compreender quais intervenções são eficazes.
Para as especialistas, o trabalho com os responsáveis pela violência, homens e meninos, e as vítimas, mulheres e meninas, será essencial para alcançar uma mudança duradoura na sociedade.

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