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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Realismo em política

Quanto vale os discursos idealistas em política atualmente? Prefere-se o pragmatismo? Há uma descrença geral para com os políticos e uma tendência a se votar contra quem está no poder. Uma coisa pode estar ligada a outra.

Espera-se que faça, no Brasil pede-se melhores serviços públicos, mas no geral não sabemos o que queremos, mas queremos que quem estar no poder se dê mal.

Já ideologia significa um conjunto de ideias amontoados que se pretende coerente e que cria uma identificação muito forte entre um grupo; dizia o historiador Hobsbawn que as convicções ideológicas geralmente ficam de lado quando confrontadas com interesses pessoais; justamente o ponto onde se causa a desconfiança para com a ideologia: quem garante que os representantes cumprirão aquilo que proclamam para os outros.

Um discurso idealista ou ideológico não teria força prática, por outro lado o pragmatismo levaria ao fim na capacidade de busca de mudanças; um discurso seria vazio de concretude e o outro seria "seco", sem esperança.

Evidentemente que um desses lados jamais se tornará exclusivo, quanto mais um prevalecer mais força para que o outro venha a ser defendido.

O político maquiavélico seria idealista para poder ser pragmático, o grande líder político dominaria as "aparências" para se manter no poder, isso que ensinou Aristóteles.

Geralmente os jovens são movidos em política por ideais; Aristóteles também se referia a isso, os jovens esperariam muito da vida, enquanto que os velhos já estavam experientes e tendiam a ser mais "realistas". 

Um dia conversava com um sujeito que disse-me: - não vejo sessões do senado pela TV porque eles só debatem princípios e não fazem nada -, nossa época é menos propícia a coisas rebuscadas?

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