A desigualdade econômica prejudica o crescimento, segundo a OCDE - Blog A CRÍTICA

"Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados." (Millôr Fernandes)

Últimas

Post Top Ad

domingo, 14 de dezembro de 2014

A desigualdade econômica prejudica o crescimento, segundo a OCDE

Onésimo Alvarez-Moro El Blog Salmón
Nestas páginas temos falado sobre a crescente desigualdade que está sendo vista nas rendas de todo o mundo e alguns impactos resultantes desta crescente desigualdade. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), nos traz um relatório sobre a desigualdade e conclui que a maior desigualdade impacta negativamente no crescimento.

O Professor Thomas Piketty, tem feito muito barulho sobre a desigualdade, com seu livro "O Capital no Século XXI", que ganhou o último concurso para encontrar o melhor livro sobre economia ou finanças em 2014, seguindo o discurso sobre a desigualdade.

A desigualdade aumentou
OCDE: desigualdad del 2007 al 2011
A OCDE também fala da crescente desigualdade. Eles dizem que, na maioria dos países da OCDE, o fosso entre ricos e pobres está em seu nível mais alto em 30 anos, onde 10% da população mais rica ganha 9,5 vezes a renda dos 10% mais pobres. Na década de 1980 este índice foi de 7 vezes e, este múltiplo tem vindo a aumentar desde então.

Este aumento na desigualdade de renda geralmente não tem sido devido ao crescimento excessivo dos mais ricos, mas como resultado de um crescimento muito menor, de 10% inferior durante os bons tempos e perda de renda abaixo nos más tempos.

Menos desigualdade melhora o crescimento

A OCDE diz que os países onde a desigualdade de renda está em declínio cresce mais rápido do que aqueles que veem um aumento na desigualdade de renda. Em sua análise nos dizem que o principal mecanismo através do qual a desigualdade afeta o crescimento é através da redução das oportunidades educacionais para crianças de baixo nível socioeconômico, reduzindo a mobilidade social e dificultando o desenvolvimento de suas habilidades.

Como disse o Secretário-Geral da OCDE, Angel Gurría, que temos visto: "Provas conclusivas de que a solução da desigualdade alta e crescente é crucial para promover um crescimento forte e sustentável deve estar no centro do debate político:  Os países que promovam a igualdade de oportunidades para todos a partir de uma idade precoce são os que vão crescer e prosperar."
Fig1
O impacto da desigualdade sobre o crescimento é devido, não só aos 10% mais pobres, mas a diferença entre os 40% com o resto da sociedade. É que os programas de pobreza não serão suficientes e para criar maior igualdade de oportunidades no longo prazo, se necessitam de as transferências de dinheiro, aumentar o investimento social e acesso aos serviços públicos, tais como
  • a educação de alta qualidade
  • a formação
  • a saúde
O documento também avalia o que eles chamam a teoria da acumulação de capital humano, onde avaliam o impacto da desigualdade sobre a acumulação de capital humano. Nos seguintes termos:
  • a quantidade de educação alcançado, por exemplo, anos de escolaridade
  • de qualidade, por exemplo, o domínio de habilidades 
OCDE: desigualdad mejorarda con impuestos y transferencias sociales del 2007 al 2011
Concluem que se deve ver políticas para reduzir as desigualdades de renda não só para melhorar os resultados sociais, mas também para sustentar o crescimento da economia no longo prazo. Este crescimento deve se beneficiar:
  • de políticas de redistribuição através de impostos
  • de políticas de redistribuição através de transferências
Estas medidas são instrumentos fundamentais para garantir que os benefícios do crescimento sejam distribuídos de forma mais ampla.

Promovem a estas medidas, apesar dos problemas de programas de redistribuição:
  • que mais impostos podem impactar o desenvolvimento de investimentos e, portanto, ter um impacto negativo sobre o crescimento
  • que transferências também custam, onde geralmente se ver um desperdício de recursos, quando há redistribuições (de acordo com a teoria do balde furado de Okun, que diz que não há transferências perfeitas, onde tudo o que custa estas reafetações chega ao seu destino).
As medidas que impactam positivamente na re-educação e na formação serão positivas para reduzir desigualdade e promover o crescimento sustentável. Elas não são soluções imediatas, mas são muito necessárias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Post Bottom Ad

Pages