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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Apenas 5% de cargos de chefia e CEO de empresas são ocupados por mulheres

Mesmo assim, estudo da Organização Internacional do Trabalho diz que número de participação de mulheres em cargos de chefia está aumentando em todo o mundo; Brasil tem 37% de mulheres em cargos médios e sêniores .
Foto: OIT














Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização Internacional do Trabalho, OIT, afirmou esta segunda-feira que aumentou a participação das mulheres em cargos de chefia de empresas no mundo. Mas os números atuais revelam que apenas 5% dos postos de chefia de empresas e de CEO são ocupados por mulheres.
Um estudo divulgado, nesta segudna-feira, pela OIT mostra que há uma ligação entre a liderança feminina e o bom desempenho de uma companhia.
Boa Notícia
O vice-diretor do Escritório da OIT, em Nova York, Vinicius Pinheiro falou à Rádio ONU sobre o resultado do documento.
"A boa notícia é que houve um certo avanço na participação das mulheres em posição de direção e gestão e chefia das empresas. Essa pesquisa realizada pela OIT em 108 países, mostra que em 80 países houve crescimento significativo da liderança feminina nas empresas. Em 34 países, o crescimento foi superior a 7%. Entretando, a má notícia é que esse crescimento ocorreu principalmente nas posições intermediárias de chefia. A quase totalidade das empresas no mundo continua sendo presidida por homens".
CEOs
Segundo a OIT, as mulheres ainda não estão bem representadas em posições de alto comando. No Brasil, o índice de ocupação feminina destes cargos gira entre 5% e 10%. China, Itália, México e Espanha estão no mesmo patamar. Os melhores desempenhos foram registrados na Finlândia, na Noruega, no Reino Unido e na Suécia com mais de 20%.
Chile, Índia, Japão e Portugal têm menos de 5% de mulheres nestas posições.
Mas em relação aos cargos médios e sêniores houve uma alta muito grande nos últimos 20 anos. O documento mostra que no Brasil, a mão de obra feminina neste nível chegou a 37,3% em 2012, último ano com dados disponíveis.
Estados Unidos, França e Rússia tiveram um resultado melhor, mas o Brasil está à frente de Alemanha, Argentina, Canadá e Portugal. Os piores resultados foram registrados no Iêmen, no Paquistão, na Argélia e na Jordânia, onde a presença das mulheres está abaixo dos 5%.
Mercado de Trabalho
A OIT afirmou que "a participação crescente das mulheres no mercado de trabalho tem sido a principal força por trás do crescimento global e da competitividade".
O documento explica "ainda há muito a ser feito para que se possa atingir uma igualdade de gêneros nos locais de trabalho, especialmente em altos cargos de diretoria".
A agência da ONU diz que atualmente as mulheres são donas ou controlam 30% de todas as companhias, mas elas estão em micro e pequenas empresas. O estudo afirma que "ter mais mulheres ampliando seus negócios é não só importante para a igualdade de gêneros mas também para o desenvolvimento do país".
Recomendações
A OIT fez algumas recomendações para reduzir a diferença entre a quantidade de homens e mulheres em posições de alto comando.
Segundo a agência, é necessário implementar "soluções flexíveis" para que elas possam conciliar trabalho e família e não serem sujeitas a tratamentos especiais ou cotas.
Para a organização, as empresas devem fornecer cobertura de saúde durante a maternidade e também prestar assistência com creches para as crianças. Além disso, devem quebrar barreiras culturais e combater o assédio sexual.
O estudo da OIT revela que "a menos que ações sejam tomadas imediatamente, serão necessários 100 ou 200 anos para que seja alcançada uma paridade em relação aos altos cargos".

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