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domingo, 11 de janeiro de 2015

Mensalão teria tido braço internacional

Jornais portugueses repercutem a notícia de que um antigo presidente da Portugal Telecom Miguel Horta e Costa foi citado via carta rogatória pelo Ministério Público do Brasil para responder a acusações de doações para campanhas do Partido dos Trabalhadores (PT), ele teria sido interrogado em Lisboa na Sexta-feira (09).

A acusação contra Miguel Horta teria sido feita por Marcos Valério em 2012, segundo o qual  o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria negociado diretamente com Miguel Horta e Costa, então presidente da Portugal Telecom, um pagamento da operadora portuguesa com 2,6 milhões de euros para o PT. Na altura, Horta e Costa negou logo o envolvimento no caso.

Segundo o jornal Público do Lisboa, José Dirceu foi em 2008 operacional na venda da operadora da Portugal Telecom no Brasil, a Vivo. Para apoiar o negócio, a Portugal Telecom contratou o escritório de advogados de Fernando Lima. Já em finais de 2011, encontramos de novo Lima a representar os interesses brasileiros, então na privatização da TAP. Foi Lima quem providenciou o primeiro encontro de Gérman Efromovich, candidato à TAP apoiado por Brasília, com o ministro Miguel Relvas, então titular do processo no governo. Semanas depois, o próprio irmão de José Dirceu veio a Lisboa representar Efromovich numa reunião com o então presidente do BES, Ricardo Salgado (P, 2.8.2012). Até ser preso, o escritório de advogados de José Dirceu representava no Brasil o escritório de Fernando Lima, o LSF & Associados.

Lima foi presidente da construtora Engil e também grão-mestre do Grande Oriente Lusitano. Quando o BPN foi nacionalizado, a parte rentável do grupo SLN, incluindo os negócios do grupo em Angola, foi mantida nas mãos dos seus donos de sempre - o grupo cavaquista de Oliveira e Costa, Joaquim Coimbra e outros. O grupo mudou de nome para Galilei, e contratou o advogado Fernando Lima para presidir à sua administração.
O esquema teria também se estendido a Angola: 

As investigações da justiça brasileira ao TradeLink/Banco Rural acabaram por detetar também o trânsito de vultuosas transferências precisamente para Angola, para contas bancárias do ex-ministro angolano das Finanças, José Pedro Morais, e do ex-governador do banco central angolano (BNA), Amadeu Maurício. Segundo a imprensa brasileira, foram 21 remessas entre 2003 e 2005, num total de 2,7 milhões de dólares. Os dois políticos acabaram afastados dos seus cargos por José Eduardo dos Santos.

Informações: Público e Sic de Portugal e Jorge Costa

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