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terça-feira, 20 de janeiro de 2015

OIT alerta que panorama global de empregos vai piorar até 2019

Relatório da agência da ONU diz que mais de 201 milhões de pessoas estavam desempregadas no mundo em 2014; economia mundial vai continuar expandindo em taxas muito menores do que antes da crise financeira de 2008.
Relatório “Panorama Social e de Empregos Mundial”. Foto: OIT
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização Internacional do Trabalho, OIT, alertou que a situação global de empregos vai piorar até 2019.
A afirmação consta do relatório "Panorama Social e de Empregos Mundial" lançado esta segunda-feira pela agência da ONU.
Desemprego
O vice-diretor do escritório da OIT em Nova York, Vinícius Pinheiro falou sobre o documento em entrevista à Rádio ONU.
"O relatório mostra que em 2014, 201,3 milhões de pessoas estiveram desempregadas no mundo inteiro. E as perspectivas para os próximos cinco anos não são muito boas. Isso tem como justificativa, primeiro, o baixo crescimento econômico e, segundo, o aumento dos níveis de desigualdade no mundo inteiro."
Segundo a OIT, o número de desempregados no ano passado atingiu 31 milhões de pessoas a mais do que antes do início da crise econômica global de 2008.
Os especialistas da organização preveem que o desemprego aumente em 3 milhões em 2015 e em 8 milhões por ano até 2019.
Taxas Inferiores
O documento explica que a economia mundial continua crescendo em taxas muito inferiores ao que acontecia antes da crise econômica e não tem condições de reduzir as diferenças sociais e de empregos que surgiram.
O relatório mostra que o "deficit de emprego global", índice que mede o número de postos de trabalho perdidos desde o começo da crise, está em 61 milhões.
Segundo os especialistas, para acabar com essa diferença, levando-se em consideração os jovens que entram no mercado de trabalho, será preciso criar 280 milhões de empregos pelos próximos cinco anos.
O documento diz que os jovens entre 15 e 24 anos, principalmente as mulheres, são os mais afetados pelo desemprego, quase 74 milhões estavam buscando trabalho no ano passado.
Situação
A OIT afirmou que a criação de empregos está melhorando nas economias mais avançadas, mas continua muito difícil por toda a Europa. Depois de um período de bom desempenho, a situação está piorando nos países em desenvolvimento e emergentes, como é o caso do Brasil, da China e da Rússia.
No Brasil, por exemplo, o relatório prevê que o desemprego no país chegue a 7,1% neste ano e 7,3% em 2016 e 2017.
Por outro lado, a OIT cita que o emprego informal diminuiu no Brasil, chegando a 36,5%. O relatório diz que o papel das políticas públicas será crucial para redirecionar o crescimento econômico para reduzir a pobreza e compartilhar a prosperidade.
A agência afirma ainda que o Brasil, a Argentina e o Uruguai têm amplos programas sociais e de trabalho que alcançaram resultados significativos na redução da pobreza e para combater a desigualdade na última década.
Salários
O relatório mostra que as desigualdades de salários aumentaram causando um atraso na recuperação econômica e do mercado de trabalho.
Em média, o documento diz que os 10% mais ricos ganham entre 30 e 40% do total dos salários. Em comparação, os 10% mais pobres recebem apenas 2% desse dinheiro.
Mas a OIT afirma que a situação pode mudar se forem feitos investimentos corretos e criadas políticas sociais, de trabalho e de renda específicas para lidar com os problemas.
A agência cita ainda a importância da adoção de reformas dos mercados de trabalho para apoiar a participação, promover a qualidade dos empregos e aprimorar as habilidades dos funcionários.

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