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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Eduardo Cunha e o orgulho hétero

O projeto de lei de autoria do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que cria o dia do orgulho hétero, além de ser visto como pura bobagem vai de encontro ao que diz as pesquisas sobre violência de gênero. 

De acordo com o psicólogo evolucionista canadense, Steve Pinker, à medida que diminui, por exemplo, a violência doméstica de homens contra mulheres diminui também, mesmo tendo sido sempre menor, a violência de mulheres contra homens.

Pinker demonstra em seu livro Os Anjos Bons da Nossa Natureza a trajetória da conquista de direitos pelas mulheres, passando de elas próprias serem acusadas pelos próprios estupros para uma condição de receberem proteção da sociedade contra homens violentos.

"Na história do estupro, portanto, os interesses da mulher foram zerados nas negociações implícitas que conformaram os costumes, os códigos morais e as leis."

No caso da criação do Dia do Orgulho hétero o principal argumento de Cunha é que a "ideologia gay" fomentaria a discriminação da heterossexualidade; mas na verdade não há nada que confirme tal hipótese, a de a luta contra uma discriminação que tenha fortalecido outra por reverso nesses casos, embora seja possível.

Na verdade para Pinker a conquista de direitos par minorias fazem parte do processo que diminui a violência nas sociedades humanas.

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