Ano passado traduzi um artigo de Chomsky intitulado "A política das linhas vermelhas" onde o linguista dizia que os Estados Unidos havia ultrapassado com a Otan a linha vermelha da geopolítica na Eurásia, o conflito na Ucrânia seria a materialização disso.
O fato é que a macro geopolítica se bifurcou de 2011 para cá, a Rússia procura construir e manter suas linhas vermelhas e a América Latina volta a ser palco de disputa imperialista. A grande disputa envolve na linha direta EUA e a Rússia, o grande "financiador" é a China.
A reaproximação americana com Cuba, explorada pelo simbolismo, inclusive a presença do Papa Francisco, mas a política sempre tem dois vieses, o dos idealistas e o dos pragmáticos, no fundo isso significa uma articulação americana reconhecendo que perdeu espaço, a política externa norte-americana desligou da América Latina após o colapso da União Soviética.
A Construção do BRICS e o anseio russo de aparecer em todos os campos internacionais é a prova mais aparente dessa nova geopolítica pós-crise de 2008. As normas de direito internacional e o papel da ONU podem ser o contrapeso, já que o mundo pouco progride quando não existe disputas de poder, o que deve ser evitado são as atrocidades da guerra.
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