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quinta-feira, 26 de março de 2015

Eduardo Cunha: a oportunidade faz o agente

Ao PT ocorreu de melindrar pelos descaminhos do não-republicanismo e agora toma a lição dos acachadores da República.

Luiz Rodrigues - editor

Como uma trama onde não se podia degolar o inimigo com um golpe certeiro sem causar maiores problemas se esperou, se juntou ao inimigo, para conhecê-lo e enfraquecê-lo até que chegasse o momento ideal do desgaste e como um parasita o devorasse por dentro. Por outro lado, este sujeito confiou demais nas próprias pernas e achou que manteria o inimigo sob controle.

O PT chega à situação onde os escândalos de corrupção cometidos por pessoas ligadas ao partido reflete no todo, ou seja, estar-se construindo no Brasil a imagem de um partido todo avassalado pela corrupção, o termo "petista" se torna nocivo.

Eduardo Cunha surgiu no horizonte do PT como aquele que veio com a pá para sepultar o partido, que perdido não ver para onde se deslocar e se torna muito difícil quando se tem as ruas contra si, uma economia em crise e não será qualquer medida enviada a um Congresso onde não se tem governo de fato para fazer retornar os bons índices de popularidade.

Impressionante como as coisas acontecem, a crise construiu o agente Eduardo Cunha e ele sabe usar o momento com profunda habilidade e fez algo interessante surgir no horizonte da nossa república, um governo que tem a sua maior oposição dentro de si próprio.

Ao PMDB foi bom se manter usufruindo das benesses do governo, mas no momento da crise surge o Eduardo Cunha, um estereótipo bem agradável por aqui, conduzindo uma casa sem prestígio algum com autoritarismo, dando lições regimentais, não permitindo o uso da palavra, ou seja, a coisa que adoramos, o pôr ordem no mando. Até isso fica favorável, como o parlamento não tem prestígio um que chegue lá impondo e cortando palavra pode se dar bem com a opinião pública.

Enquanto isso se coloca o governo contra a parede, o parlamento é meu; projeto que não queira só por cima de meu cadáver, dispondo-se  do regimento a seu favor e tendo força maciça no centrão e no baixo clero. Enquanto sangra o governo, Cunha dispõe de todas a ferramentas para votar seus projetos de afinidade ideológica. 

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