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segunda-feira, 23 de março de 2015

O Brasil dos apressados

Luiz Rodrigues

Não a preguiça, mas a falta de empreendedorismo e produtividade são os grandes entraves da formação econômica brasileira. O argumento da preguiça é um julgamento apressado, como aquele do cartaz que pedia o fim do Supremo Tribunal Federal, antes de aprender que o STF é a corte constitucional e sem o qual não há Estado democrático de direito, o sujeito conceituou que o supremo é serventuário do partido ao qual odeia. 

O sertanejo que trabalha de madrugada a noite e chega a passar fome, esse é o simbolismo da chamada "questão social" do Brasil; o atraso humano ante os padrões da modernidade: falta de educação (analfabetismo presente), emprego precários que não geram desenvolvimento, tecnologias inadequadas, exploração do trabalho, produção tradicional e ineficaz.

O Brasil não é competitivo porque tem educação precária, não pensa no futuro porque não investe em ciência e tecnologia. O Brasil tem setores de ponta, centros de tecnologia ultra-avançados mas a economia como um todo tem baixa competitividade.

A educação da forma que temos também é apressada, uma massa com má formação procura universidades no sentido de encontrarem melhores empregos, mas não há a formação adequada. A pedagogia é péssima, às pressas quer passar aquele que sequer aprendeu a escrever para debatedor político, ora primeiro tem-se que fazer o alicerce.

Uma sociedade fragmentada na sua ética, acompanhando a modernidade cultural ocidental, mesclada com devaneios e crises morais. E sempre se tenta fazer auto-julgamentos o faz de maneira apressada de forma a produzir preconceitos sobre si própria.

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