Partidão dos presídios em revolta no Rio Grande do Norte - Blog A CRÍTICA

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terça-feira, 17 de março de 2015

Partidão dos presídios em revolta no Rio Grande do Norte

A liga dos presídios no Rio Grande do Norte iniciou uma série de rebeliões nas detenções e nas ruas da capital do estado no sentido de assumir ou demonstrar que pode influenciar o funcionamento do sistema ultra precário. Claramente demonstram, "para que fiquemos aqui é preciso que nos concedam 'regalias'" e, possuem a capacidade de formarem uma rede de solidariedade e seguimento de forma que um presídio após o outro vai sendo sacudido por rebeliões.

A outra estratégia é produzir ataques incendiários nas ruas, o principal alvo são os ônibus, como se tornara frequente no Rio e em São Paulo e, por último, nos estados de Santa Catarina e Maranhão. Em entrevista coletiva à imprensa o governador do estado, Robinson Faria, demonstrou acreditar que os atos são coordenados por uma organização nacional de crime organizado, o PCC, e disse que é estratégico, ou seja, se produz rebeliões em presídios para retirar polícia das ruas e deixá-las livres para os ataques.

Isso mostra como todas as categorias dentro de uma sociedade encontram motivos para se organizarem e suporem defender uma causa ou reivindicar, deve ser um entusiasmo se sentir do PCC para uma mente que se assume "do crime". O Estado tenta bloquear as comunicações, isolar os líderes, mas como em tudo o que diz respeito ao sistema penitenciário fracassa, segundo o juiz da Vara de Execuções Penais de Nísia Floresta, Henrique Baltazar em conversa com a Tribuna do Norte existe corrupção que facilita a entrada de celulares e drogas nos presídios; reportagem produzida pelo programa da TV Record, Domingo Espetacular, mostrou como os chefes conseguem controlar uma vasta estrutura mesmo nos presídios.

Presos publicam vídeo onde fazem reivindicações:


As prisões são controladas e servem como base de operação, manutenção e fortalecimento de gangues que acreditam ter a capacidade de abalar os poderes legais, e estes últimos procuram abafar no momento que ocorre essas tensões para esconder o problema em seguida.

O Governo do RN decretou estado de calamidade pública e convocou a Força Nacional de Segurança que já chegara ao estado. 

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