Precisamos de um consenso "mede in Brazil" - Blog A CRÍTICA

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quinta-feira, 12 de março de 2015

Precisamos de um consenso "mede in Brazil"


Comentário de Wagner Torres

Esse post é uma reflexão a um brasileiro de corpo e alma, Paulo Nogueira Batista, ao produzir o artigo o Consenso de Washington A visão neoliberal dos problemas latino-americanos em 1994 e logo depois com esse artigo deu grito de liberdade para sua alma: uma análise vivenciada por muitos anos como negociador da dívida externa e que conheceu os meandros da política dos Estados Unidos para manter o subdesenvolvimento do país.

Alemanha também enfrentou uma hiperinflação, mas ao contrário de afundar o país em uma grave crise econômica, pois ela fez o confisco da poupança e depois implementou um verdadeiro ajuste fiscal e em pouco tempo se tornou uma grande potência mundial.

Os defensores de FHC estão em ebulição pelas redes sociais, então segue esta reflexão: uma grande verdade quanto era o volume de importado, Passivo Externo e o volume de crédito em % do PIB em 1994 e compare com 2015 e perceberá a razão por que com todas as besteiras da Dilma a inflação não passa de um dígito.

Porque para o brasileiro em sua grande maioria e até mesmo alguns doutores em Economia que não deve conhecer os fundamentos de Economia na década de 80 o Brasil tinha uma carga tributária de 20% e uma hiperinflação e com a promulgação da Constituição de 1988 criamos uma verdadeira insustentabilidade da politica fiscal, a qual resulta na alta vinculação da receita à despesa e o reflexo que ficamos refém da alta taxa de juros e o câmbio.

Ou seja, com a globalização o empobrecimento vem através do câmbio, e não de uma hiperinflação, pois a economia brasileira está paralisada via ausência de qualquer mecanismo de indutor da demanda: o consumo privado que representa 62% do PIB encontra-se totalmente paralisado via o elevado nível de comprometimento da renda com o serviço da dívida e o confisco ao longo do Plano Real via um aumento da carga tributária ao longo do Plano Real de 16% do PIB e deverá alcançar 40% do PIB em 2015; o dinamismo das exportações via commodities está esgotado via a redução do crescimento da China e as importações agem como elemento de um desenvolvimento as avessas que mesmo com dólar a R$ 3,20 não impactará na melhora da balança comercial via ausência de competitividade da indústria e outro ponto é o elevado Passivo Externo de US$ 1,575 trilhão e da Dívida Externa em US$ 500 bilhões, as quais pressionam o balanço de pagamentos e, portanto força o aumento da curva da taxa de juros para cima reflexo da necessidade de financiar o explosivo déficit de conta corrente.

Assim, a combinação de falácia de ajuste fiscal do Levy e arrocho monetário conduzirão a economia brasileira a uma redução do PIB de US$ 600 bilhões de 2015 ante 2011.

Para sair da grave crise econômica eu deixo a reflexão de Paulo Nogueira Batista

"Nunca conseguiremos nos desenvolver em todos os sentidos, realizar plenamente as aspirações nacionais, se nos resignarmos a trabalhar sobre a base de "consensos" construídos de fora para dentro, que, por isso mesmo, não podem deixar de refletir mais os interesses externos 
do que os nossos.

Precisamos, enfim, de um consenso "made in Brazil" e, para produzi-lo, de uma grande aliança. Não apenas, como no passado, entre o governo e os empresários, e sim uma nova aliança - que também inclua partidos políticos, intelectuais, trabalhadores.

Um entendimento capaz de permitir a emergência, no Brasil, senão de um projeto nacional com metas precisas em cada setor, pelo menos de um "consenso nacional" com uma visão comum e abrangente dos grandes problemas brasileiros, institucionais, econômicos e sociais.

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