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quinta-feira, 5 de março de 2015

Preço dos alimentos cai para nível mais baixo desde julho de 2010

Índice é da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO; açúcar liderou a queda; Brasil é mencionado no documento pelo otimismo nas previsões de produção do produto.
Cultivo de cana de açúcar no Brasil. Foto: ONU/Eskinder Debebe
Eleutério Guevane e Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, anunciou nesta quinta-feira que o Índice de Preços dos Alimentos caiu para o menor nível em quatro anos e meio.
Segundo a agência, o declínio foi impulsionado pelo açúcar. Além do produto, preços mais baixos para cereais e carnes "mais do que compensaram" um aumento no leite e óleo de palma, também conhecido como óleo de dendê.
Brasil
O Brasil é mencionado no índice pelo otimismo nas previsões de produção do açúcar com as recentes chuvas. A desvalorização do real no país, que é o maior produtor e exportador do produto, também influenciou a baixa de 4,9% no preço do açúcar em relação a janeiro.
Outro fator que influenciou a queda foi o anúncio feito pela Índia de que vai subsidiar as exportações para impulsionar as vendas de açúcar no exterior.
Petróleo
No mês passado, o valor dos alimentos recuou 1% em relação a janeiro e 14% em comparação ao mesmo período de 2014. Os outros fatores que influenciaram a redução foram a queda dos preços dos cereais, das carnes e a estabilidade das oleaginosas. Segundo a FAO, apenas os custos dos laticínios tiveram uma forte recuperação.
Já os valores da carne baixaram 1,4%, impulsionados pela queda do custo das carnes bovina e de carneiro que superou os preços estáveis das aves e o aumento dos preços da carne de porco.
A alta produção global, a queda dos preços do petróleo bruto e a demanda limitada dos grandes importadores como a China ajudaram a conter os valores dos alimentos desde o ano passado. O índice revela um declínio desde abril de 2014 até o nível atual, o mais baixo desde julho de 2010.
Produção Global
A expectativa da FAO para estoques de cereais ao final da temporada de colheita 2014/2015 é de 630,5 milhões de toneladas. O valor corresponde a um aumento de quase 8 milhões de toneladas em relação aos cálculos anteriores, devendo atingir os níveis mais altos em 15 anos.
A FAO aumentou sua estimativa em relação à produção mundial de cereais em 2014 para cerca de 2,5 bilhões de toneladas, 1% a mais do que em 2013. A maior parte do aumento reflete ganhos na produção de trigo na Argentina, Ásia Central e Europa, cerca de 8 milhões de toneladas acima dos cálculos feitos em janeiro.

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