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domingo, 8 de março de 2015

Querem enganar-nos de novo

Luiz Rodrigues - Editor

O argumento mais forte para os que defendem o Regime Militar de 1964 é o fato de ter evitado uma ditadura comunista, uma ditadura para evitar outra deduzindo-se o custo benefício, ou seja, o menos ruim. Um utilitarismo idiota, não se expõe onde estariam as forças democráticas naquele momento e muito menos provas claras para tal argumento.

Na verdade o confronto dos militares era contra Vargas e suas lideranças derivadas, Jango, Tancredo Neves, Brizola, e outros como Miguel Arraes e não os comunistas sob a liderança de Luis Carlos Prestes que já havia fracassado em 1935.

Portanto o problema não era o golpe comunista, as grandes lideranças não eram comunistas, o exército era nacionalista e anti-comunista, mas sim  uma questão de desenvolvimento econômico: o que fazer com as rendas nacionais?

A Ditadura implementou um plano de desenvolvimento aumentando logo em 1967 as transações internacionais e controlando a Doença Holandesa fez com que o país consolidasse o capitalismo nacional iniciado em 1930 com a ascensão de Getúlio, que volta em seu segundo mandato com uma proposta desenvolvimentista nacionalista mais arrojada.

O crescimento dos anos sob o Regime de 1964 não atacou as desigualdades sociais profundas, apenas progrediu até onde podia fazer a industrialização, não houve investimento sério em educação e a reforma agrária na década perfeita, a de 1960, pelo contrário, a interrompeu.

A proposta desenvolvimentista de Celso Furtado era a adequada, com uma sensibilidade social e com a responsabilidade pela Democracia teria causado reformas profundas no cenário sócio-econômico brasileiro.

O motivo da loucura:

O contradiscurso reacionário que ver numa pessoa ruiva o mal do comunismo, o que o Olavo de Carvalho ensina hoje para o ex-idiotas idiotas. Carlos Lacerda tanto conspirara que acabara engolido e não pode disputar a presidência em 1965, que segundo sugerem teria sido vencida por Juscelino; Juscelino que foi perseguido pelo regime, proibido de ir a Brasília e quase morrera em acidente aéreo quando não pôde pousar no Aeroporto de Brasília depois de sua aeronave apresentar defeito.

O Brasil não teria se transformado em um "Cubão", embora não desprezemo totalmente a possibilidade, o século XX e o Terceiro Mundo eram tempos e locais de extremos, mas o conjuntura não demonstra isso; agora, a bizarrice chega ao extremo é hoje em 2015, quando o candidato do PSTU obteve 70 mil votos. 

Esse discurso é tão louco que Arnaldo Jabor prega que o Brasil é "um país capitalista governado por métodos socialistas sem sequer esboçar quais métodos são esses. Constantino e Olavo de Carvalho pregam um liberalismo com discursos políticos ultrarreacionários.

A loucura do discurso é conclamar ao fanatismo e englobar a realidade da mentira.

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