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terça-feira, 17 de março de 2015

Unicef destaca impacto "assustador" do ebola em 9 milhões de crianças

Novo relatório da agência da ONU afirma que menores viram "morte e sofrimento além de sua compreensão"; mais de 16 mil crianças perderam pelo menos um dos pais ou responsáveis; documento foi lançado nesta terça-feira.
Foto: Unicef/NYHQ2015-0138/Naftalin
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
Segundo um novo relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, sobre o impacto do ebola nos países mais afetados, cerca de 9 milhões de crianças viram "morte e sofrimento além de sua compreensão".
Protegê-las, e a suas comunidades, seria fundamental na luta contra a doença na África Ocidental. O documento foi lançado nesta terça-feira em Dacar, capital do Senegal, Genebra e Nova York.
Órfãos
O Unicef afirma que o relatório destaca o "impacto dramático que o ebola teve em crianças, já que atingiu algumas das comunidades mais vulneráveis em alguns dos países mais vulneráveis do mundo".
Das mais de 24 mil pessoas infectadas, cerca de 5 mil são crianças. Mais de 16 mil menores perderam um ou ambos os pais ou responsáveis, de acordo com a agência da ONU.
O Fundo afirmou ainda que para "muitas das 9 milhões de crianças vivendo em áreas afetadas, o ebola foi aterrorizante".
Comunidades
O relatório também ressalta o papel central que as comunidades têm na resposta e mostra tendências positivas.
Na Libéria, por exemplo, "uma pesquisa indica que 72% das pessoas acreditam que alguém com sintomas de ebola receberá cuidado melhor em um centro de tratamento".
De acordo com o Unicef, isso é importante porque "muitas pessoas costumavam manter as vítimas do ebola em casa, espalhando a infecção na comunidade".
O relatório foi publicado depois de a Organização Mundial da Saúde, OMS, afirmar que a Libéria não relatou nenhum novo caso confirmado pela segunda semana consecutiva.
Há mais de 24 mil casos da doença, com mais de 10 mil mortes.
Escolas
Em comunicado, a coordenadora de emergência global do Unicef para o ebola, Barbara Bentein, afirmou que o "surto não terá acabado até que não haja nenhum caso e que todos os contatos devem ser identificados e monitorados". Ela declarou ainda que não se pode "dar ao luxo de baixar a guarda".
Ao mesmo tempo, a especialista disse que "serviços básicos devem ser restabelecidos de forma segura e responsável".
O Unicef ajudou a minimizar os riscos de infecções de ebola quando as escolas foram reabertas após meses, deixando 5 milhões de crianças sem aulas.
O Fundo aponta que investimento na melhoria dos sistemas de saúde dos países afetados pelo ebola vai ajudar a enfrentar outras doenças que atingem fortemente as crianças, como sarampo, pneumonia e diarreia.

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