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quarta-feira, 6 de maio de 2015

Deslocados internos devido a conflitos chegam a 38 milhões no mundo

Pesquisa foi feita em 60 países e dados mostram situação registrada no ano passado; relatório foi preparado pelo Conselho Norueguês de Refugiados, parceiro da ONU.
Deslocada na República Centro-Africana. Foto: Acnur/A.Greco
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
Um relatório preparado pelo Conselho Norueguês de Refugiados, NRC, parceiro da ONU, afirmou que os conflitos armados e a violência deixaram 38 milhões de deslocados internos em todo o mundo no ano passado.
Especialistas em assuntos humanitários disseram que o documento serve de alerta para governos e para a comunidade internacional.
Problemas Fundamentais
O chefe do NRC, Jan Egeland, disse que 30 mil pessoas tiveram de fugir de suas casas todos os dias em 2014, um nível nunca visto nos 10 anos em que o relatório vem sendo preparado.
Segundo Egeland, o documento "é um sinal de que o mundo tem problemas fundamentais na proteção dos vulneráveis de homens armados violentos".
Ele citou que o problema é particularmente ruim no Oriente Médio e na África.
O alto comissário assistente para proteção de refugiados, Volker Türk, disse que "cada vez mais pessoas são forçadas a fugir dentro de seu próprio país, em alguns casos, múltiplas vezes".
Türk deu como exemplo a região do Mediterrâneo, dizendo que "o desespero leva pessoas a assumirem o risco de viagens de barco perigosas".
Para ele, "a solução óbvia é um esforço geral para levar a paz aos países arrasados por guerras".
Iraque e Síria
O relatório mostra que o Iraque teve 2,2 milhões de deslocados internos no ano passado, todos forçados a fugir de suas casas pelos extremistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil.
Na Síria, foram mais 1,1 milhão de deslocados em 2014, totalizando 7,6 milhões desde o início do conflito no país há quatro anos.
O Sudão do Sul teve 1,3 milhão de deslocados internos e dois outros países africanos, Congo e Nigéria, adicionaram mais dois milhões a esse total.
Na Europa, a Ucrânia entrou na lista pela primeira vez. O país registrou 650 mil deslocados internos no ano passado sendo que o número atual já passou de 1,2 milhão.
Na América do Sul, o relatório cita que a razão para o deslocamento interno é a violência gerada por gangues criminosas. Mais de 500 mil pessoas foram obrigadas a fugir de suas casas em El Salvador, na Guatemala e em Honduras.

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