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domingo, 26 de julho de 2015

A armadilha do alto gasto vinculado a receita sobre o Brasil de 2015

por Wagner Torrer

Por que, em 2010, eu já tinha certeza do atual cenário de colapso econômico, social e fiscal do Brasil?

Era simples fazer essa projeção em razão do reduzido crescimento das receitas reflexo da combinação do tsunami efeito do volume de crédito de Pessoas Físicas e Jurídicas e a elevação da estimativa do pagamento de juros ; a farra dos importados efeito câmbio ; o resultado do regime fiscal impactando no incremento dos custos de produção e, portanto na perda de competitividade.

Por outro lado, o efeito da despesa de empréstimos em dólar e que no futuro resultaria em um impacto na veia das empresas e Estados no que se refere á variação cambial; segundo o crescimento do gasto de custeio excluindo as transferências constitucionais legais em uma velocidade do cometa Harley de governos federal, estaduais e municipais. E principalmente a velocidade do incremento do déficit da Previdência mesmo com milhões de aposentados ganhando a merreca de um salário mínimo.

E claro o efeito da farsa da renegociação da dívida dos Estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Alagoas) com o governo federal e o reflexo do estrangulamento das finanças públicas.
Por outro lado, a gestão temerária no que se refere ao aumento do endividamento efeito da aquisição de reservas internacionais ; farra na liberação de empréstimos aos bancos públicos e com a percepção do mercado da deterioração da política fiscal e, portanto aumento do custo de financiamento da dívida do Tesouro Nacional no médio e em longo prazo.

Agora como saímos de uma armadilha de um Passivo Externo de US$ 1,575 trilhão; de uma rigidez de volume de importação de US$ 225 bilhões ; de uma dívida pública de R$ 3,550 trilhões em maio de 2015 resultando em uma estimativa de despesa de juros de R$ 390 bilhões (7,9% do PIB) em 2015; reduzida capacidade de aumentar as receitas de IRPJ, CSLL,IRPF e ICMS dado ao efeito de um círculo vicioso: alto endividamento de Pessoas Físicas e Jurídicas com estimativa de pagamento de juros de R$ 650 bilhões refletindo em queda de investimento, renda,emprego retroalimentando a redução das receitas fiscais.

E em razão do regime fiscal insustentável força ao setor público consolidado aumentar ainda mais a receita para financiar o explosivo gasto vinculado e que ante a reduzida capacidade de gerar o famigerado superávit primário de 2,5% do PIB resulta no consenso entre os economistas a projeção da trajetória explosiva da dívida bruta alcançando 70% do PIB em 2018.

O Brasil de 2015 tem uma reduzida capacidade de gerar riqueza para reduzir sua gigantesca dívida social, e o pior esta tende a aumentar ainda mais reflexo do incremento da taxa de desemprego para 12,1% segundo o Doutor em Economia, Luciano DAgostini, em 2016.

E com a perspectiva de crescimento do PIB espuma para os próximos anos aumentar ainda mais os vergonhosos índices sociais (miséria,pobreza,assassinatos, colapso dos recursos da Educação e Saúde).

Quanto o PIB em dólar terá que reduzir para que o Congresso Nacional, símbolo da corrupção como já cantava o grande Renato Russo, desarme a bomba atômica com efeito de potência de Hiroshima e Nagasaki sobre a economia brasileira.

A propósito essa redução é estimada em US$ 800 bilhões de 2015 ante 2011 e que deverá alcançar US$ 900 bilhões de 2016 ante 2011, ou seja, é o Brasil no trilho da ladeira abaixo.

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