A forma mais rápida de Eduardo Cunha chegar ao maior posto de mando da República seria a instituição do parlamentarismo; em entrevista ao Roda Viva da TV Cultura meses atrás o presidente da Câmara se disse favorável ao sistema de governo.
Vem ganhando força em Brasília o debate em torno do parlamentarismo, o principal argumento é o da agilidade em que com esse sistema se pode solucionar crises institucionais. Uma medida já usada na crise da renúncia de Jânio em 1961; no entanto, as trocas de primeiros-ministros foram sucessivas, ao todo três exerceram a função em menos de 3 anos de duração do sistema (Tancredo Neves, Brochado da Rocha e Hermes Lima).
A ideia de resolução de crise por uma troca de primeiro-ministro pode se tornar em crises de inúmeras trocas; a ideia pode aparecer com mais uma solução simples para o Brasil e não dar em resultado nenhum. Por outro lado, seria uma forma "institucional" de suprimir os poderes da presidenta Dilma, enfrentando uma crise política gravíssima.
Para Eduardo Cunha a chance de chegar ao posto máximo da república, com grande habilidade parlamentar e muito bem entrosado com o "centrão" e o chamado baixo clero, dificilmente Cunha não inauguraria o novo sistema, caso for adotado. Haveria, no entanto, uma mudança entre o que fora votado em 2014 e o que passaria a deter o poder.
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