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sábado, 28 de novembro de 2015

Cepal alerta para elevado número de feminicídio na América Latina e Caribe

Agência da ONU afirma que mais de 1,6 mil mulheres foram assassinadas no ano passado por questões de gênero; especialistas disseram que mortes foram registradas em 17 países da região.
O feminicídio deve ser enfrentado pelos governos de uma forma abrangente, levando em consideração fatores econômicos, sociais e culturais. Foto: Banco Mundial


Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.


A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, Cepal, alertou para o elevado número de feminicídio na região.
A agência da ONU afirmou que pelo menos 1.678 mulheres foram assassinadas por questões de gênero em 17 países da área.
Prevenção e Reparação
A secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, afirmou que "as autoridades não podem permitir que as mulheres latinoamericanas e caribenhas continuem morrendo pelo simples fato de serem mulheres".
Bárcena pediu aos países da região que atualizem seus dados sobre o assunto para que se possa ter uma ideia real do número de feminicídios. A meta é, com base na informação, disponibilizar programas com fundos apropriados para lidar com os trabalhos de prevenção e reparação de vítimas.
Segundo a agência da ONU, "o feminicídio é a expressão de violência mais drástica contra mulheres". O crime deve ser enfrentado pelos governos de uma forma abrangente, levando em consideração fatores econômicos, sociais e culturais.
Além disso, devem ser consideradas também questões de desigualdade e as relações de poder entre homens e mulheres.
Leis
A Cepal informou que atualmente 20 países da região têm leis para combater a violência contra mulheres. Apesar disso, apenas oito disponibilizam recursos específicos para o problema em seus orçamentos nacionais.
O Brasil é uma das nações com leis que penalizam crimes de feminicídio, junto com Chile, Equador, México e Peru, entre outros.
A Comissão chama atenção ainda para os abusos ocorridos nas ruas e nos sistemas de transporte, que segundo a agência da ONU, constituem "uma das formas de violência contra mulheres mais minimizada na sociedade".
O Peru foi o primeiro país a promulgar uma lei, em março deste ano, para evitar e punir assédio sexual em locais públicos. Argentina, Chile e Paraguai estão em processo de implementar uma lei nesse sentido.

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