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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

De volta para o Futuro


por Wagner Torres

Esse post é direcionado para aqueles que assistiram esse mega filme, pois o que Dona Dilma fez em 2014 para iludir os milhões de brasileiros com o marketing foi exatamente isso, ou seja, com a destruição da base tributária do IRPJ, CSLL e precisando demonstrar que não havia crise Dilma manteve a dinâmica do crescimento dos gastos de custeio.

Nesse contexto, sem dinheiro começou a se financiar junto aos bancos, ou seja, o mesmo fato que ocorreu na década de 80 e 90 quando os governadores se financiavam junto aos bancos estaduais.

Assim, a Lei de Responsabilidade Fiscal veda o financiamento do Tesouro junto aos bancos, ou seja, ela cometeu de crime de responsabilidade fiscal e o então Ministro da Casa Civil defendeu que o pagamento das pedaladas fiscais no montante de R$ 57 bilhões era uma forma de evitar o impeachment.

Então esse incompetente deveria avaliar que a catástrofe da política fiscal resultou na perda de 1,2 milhão empregos de 2014 e 2015.

A ironia desse processo é que até 2012 a negociação do Programa de Ajuste Fiscal dos Estados com a Secretaria de Tesouro Nacional era um processo, o qual se caracterizava como técnico pós 2012 passou a ser decisão política e o reflexo não é só o crescimento do endividamento, mas principalmente a fragilidade das contas públicas resultado do elevado serviço da dívida pública com o Tesouro Nacional e principalmente a farra da liberação dos empréstimos realizados pela Caixa Econômica Federal, BNDES e os financiamentos estrangeiros.

Hoje a explicação do Secretário do Tesouro Nacional interino para justificar o pagamento das pedaladas fiscais no montante de R$ 57 bilhões levou-me a refletir o que adianta o país ter um dos melhores Analistas do Tesouro Nacional do mundo se prevalece a decisão política e não técnica.

É nesse contexto que eu faço o meu último post de 2015 e com a certeza que o cenário para 2016 será bem pior do que 2015, pois continuaremos com a manutenção de nossa política insustentável, a qual minha projeção de redução do PIB que foi de US$ 800 bilhões de 2015 ante 2011 passará para US$ 900 bilhões de 2016 ante 2011 e o reflexo será o agravamento do abismo fiscal refletindo em um maior colapso dos sistemas público de saúde e educação.

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