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sábado, 9 de janeiro de 2016

Mercados em modo pânico aceleram turbulências financeiras ante estagnação global


por Marco Antonio Moreno

Os mercados estão convulsionados ante o jogo geopolítico no Oriente Médio e a debilidade da economia global. Enquanto o preço do petróleo continua a diminuir e as relações entre a Arábia Saudita e o Irã chegam a um ponto de ebulição, a Coreia do Norte lança uma nova bomba nuclear colocando o planeta em um ponto de eclosão. Aparentemente, não foi o suficiente uma longa crise de sete anos que deixou milhões no desemprego, mas que se busca mais: terminar e arrasar com todo o planeta.
Os mercados estão em queda livre percebendo que todo o alarde dos bancos centrais era um mero engodo para mascarar o colapso iminente. O mundo não pode continuar como está e precisa de mudanças. No entanto, cada mudança gerida pela cúpula financeira resultada pior e assim mostram os resultados: o aumento do desemprego global e a estagnação é generalizada. Enquanto o Banco Mundial diz que a economia vai crescer 2,7 por cento em 2016, parece uma piada amarga quando a desaceleração global está às portas. 

A crise da Arábia Saudita e Irã têm sido o novo condimento para os especuladores. Agora, a premissa fundamental é quando a terceira guerra mundial vai começar, embora esteja em pleno andamento com a guerra cambial mortal no qual todos os países, da China aos Estados Unidos, procuram desvalorizar suas moedas para evitar a perda de quota de mercado. O petróleo continua a cair e agora está cotado a US$ 30 o barril pulverizando o cartel do petróleo da OPEP.

Claramente, as quedas são insustentáveis, ​​dado que o petróleo em US$ 30 implica a falência dos países produtores. Mas os casinos financeiros apostam por um valor ainda mais baixo, mas esta tensão pode ser revertida drasticamente, a ponto de sufocar a economia global. O ponto de viragem pode sucumbir países inteiros e puni-los com o drama da dívida, a única que tem crescido e se consolidado desde o início da crise em 2008.

Tarde perceberam os bancos centrais que o período prolongado de baixas taxas de juros só incubou a dívida dos mais pobres. À medida que esta tendência se consolida temos um futuro escravizado à dívida. É o novo feudalismo que Karl Marx não previu quando ele supunha que a sociedade iria evoluir para um capitalismo industrial. O mundo realmente regrediu e retornou à escravidão do novo feudalismo incorporado ao capitalismo financeiro.

Se até agora tínhamos considerado a China como o epicentro da próxima crise financeira, a luta pelo poder no Oriente Médio ameaça tornar-se o novo foco de uma crise que se aprofunda a cada dia e não para. A recessão global é inevitável com a China, Japão, Europa e Estados Unidos em deterioração aberta e os países emergentes em declínio, como é o caso do Brasil. As quedas dos mercados de ações hoje, ontem e amanhã nos anuncia que uma nova recessão está em andamento.

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